Fred Mendes é Administrador, Especialista em Gestão de Pessoas e Projetos Sociais, Mestre em Estado, Governo e Políticas Públicas e Doutorando em Comunicação. É professor e coordenador do curso de especialização Gestão Avançada em Administração de Pessoal da PUC Minas.

Belchior parece ter feito uma profecia ao compor “Como nossos pais”, eternizada na voz de Elis Regina. A canção representa um paradigma bem presente na atualidade: a resistência à mudança. Embalada por uma balada melodiosa, a letra diz “mas é você que ama o passado e que não vê, é você que ama o passado e que não vê, que o novo sempre vem”. E vem mesmo.

A postura evidenciada na música é comum em gestores que comandam empresas tradicionais que insistem em desconsiderar as novas formas de execução do trabalho possibilitadas pelo modelo remoto. Pautados em modelos mentais conservadores, ignoram as profundas transformações impressas pelas tecnologias da comunicação e da informação - TICs, e mais, desconsideram a aceleração forçada do uso de novas metodologias colocadas em prática em decorrências da pandemia do coronavírus, que obrigou a adaptação das pessoas a um modelo de trabalho totalmente impensado até então, pautado exatamente nas possibilidades do mundo digital e no frenético ritmo da internet.

A adaptação a este novo mundo é condição sine qua non para sobreviver num mercado dinâmico e as empresas que entenderam isso já incorporaram em suas culturas a ruptura com o modelo de controle do tempo para o modelo de entrega e resultado. E é isso que importa! O foco é garantir produtividade, felicidade no trabalho e qualidade de vida. Este é um desafio das empresas deste século.