IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 131 | 07/02/2021 a 31/03/2021

Em dia com o Mercado

Mercado de crédito e sistema bancário em transformação

Ha 15 anos, Edinara Gregolin Balbinotte atua no setor de crédito, financiamento e investimento. Formada em Ciências Contábeis, concluiu o MBA em Business Banking, Fintechs e Inovação pelo IEC PUC Minas. A escolha por essa área veio pelo movimento acelerado de transformação que o meio bancário e financeiro está vivenciando, principalmente em relação à tecnologia e o acesso. Ela é diretora de Operações na Crediare S/A – Crédito, Financiamento e Investimento. Sua atuação passa pela área contábil e controladoria, até chegar na Diretoria.

1. Na sua opinião, como a tecnologia influencia atualmente a experiência financeira do brasileiro comum?

Um dos setores mais afetados pela aceleração da transformação digital nos últimos anos é, sem sombra de dúvidas, o bancário. Além desse movimento, que foi puxado pelas fintechs, a pandemia também promoveu a bancarização e “digitalização” das transações financeiras. A pressão causada pelo distanciamento social que vivenciamos, permitiu que uma importante camada de clientes comprovasse a eficácia da experiencia digital. Inovações promoverão ambientes de negócios cada vez mais competitivos e inclusivos com ganhos de eficiência e segurança para os serviços financeiros. No entanto, ao mesmo tempo em que a tecnologia bancária permite a criação de novos produtos e soluções, ela também faz com que surjam constantemente novos desafios de segurança às instituições. Apesar desse contexto do fator “insegurança” a imersão no meio digital é um caminho sem volta.

2. O mercado de crédito no Brasil facilita o endividamento do brasileiro? Como você avalia?

Essa é uma pergunta interessante e a minha resposta, na minha opinião, é sim, o mercado de crédito no Brasil facilita o endividamento do brasileiro. Mas cabe lembrar que endividamento não significa estar em atraso, estar inadimplente. A história do crediário se confunde com a história do varejo no Brasil. Na década de 1950, quando o sistema bancário era incipiente e os cartões de crédito nem existiam por aqui, quem não tivesse dinheiro para pagar à vista, podia cadastrar-se na loja e pagar sua compra mensalmente no carnê. O que deve ser ponto de atenção para quem contrai dívidas, é, no primeiro sinal de incapacidade financeira, entrar em contato com a Instituição Financeira para avaliar outros formatos de empréstimos, com juros menores.

3. Em tempos de inflação, como fazer o dinheiro render e ser suficiente?

Junto da inflação, que é o processo de aumento dos preços, automaticamente ocorre a diminuição do poder de compra. Por isso, quando se fala em investimentos, é preciso buscar um ganho real, ou seja, acima dessa variação. No Brasil, temos a taxa Selic como instrumento para tentar controlar a inflação. Na prática, o rendimento de muitas aplicações financeiras também tende a acompanhá-la. Além disso, é importante realizar o controle efetivos dos gastos, fazendo pesquisas de preço e reduzindo ao máximo os supérfluos.

4. Por que escolheu o MBA em Business Banking, Fintechs e Inovação? Como foi a experiência no curso?

Já possuo outro MBA em Controladoria e Finanças e vinha buscando há algum tempo algo relacionado a Banking, primeiro por ser diretamente ligado com minha área de atuação e, segundo, pelo movimento acelerado de transformação que esse meio está vivenciando. Quando tomei conhecimento do MBA da PucMinas (via pesquisa na Internet), fiquei extremamente animada, ainda mais sendo à distância. Isso facilitou, em muito, minha disposição para o curso, dado que resido no Rio Grande do Sul. A minha experiência nesse MBA, desde o início foi muito proveitosa, os temas são muito relevantes, professores extremamente qualificados e com experiência no tema, o que agrega muito valor e permite excelentes trocas de conhecimento, além do networking com os colegas que atuam nessa ou em outras áreas.

5. Você investe no mercado financeiro? Qual a sua dica para quem deseja fazer isso com segurança?

Sim, cultivo o hábito de investir de forma diversificada (renda fixa e variável), no mercado financeiro. Algumas dicas que considero importantes para fazer isso com segurança:


- Comece entendendo as opções do mercado;
- Analise o seu orçamento e o seu perfil de investidor;
- Defina objetivos/metas, isso o ajudará a manter o foco de investir;
- Diversifique seus investimentos para aumentar as chances de lucro e suavizar os riscos.
- Mantenha a frequência (mesmo com pequenos valores);
- Busque ajuda de instituições e profissionais devidamente certificados.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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