IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 131 | 07/02/2021 a 31/03/2021

Opinião

O Open Banking começou há um ano e já movimenta cerca de 100 milhões de interações entre instituições. O professor Apolo Ferreira avalia as possibilidades, desafios epontos positivos do sistema, que possibilita o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras.

A revolução do Open Banking no Brasil

O Open Banking já é uma realidade, tem muito potencial, mas ainda enfrenta desafios para causar a esperada revolução no sistema bancário. Desde agosto de 2021, quando a primeira fase do programa foi lançada, foram registradas 3,3 milhões de autorizações junto ao Banco Central para compartilhamento de dados. O número é considerado pequeno, perto de um total acima de 180 milhões de contas correntes no país informados pelas instituições financeiras. O maior desafio para uma evolução mais rápida é a falta de informações.

Quem aderiu, já pode solicitar de forma ampla no mercado uma proposta de condições melhores criando um processo de concorrência, sem a necessidade de abertura de conta e geração de histórico de movimentação prévios. O processo é parecido com a portabilidade de crédito: o cliente do banco A faz a solicitação de cotação por meio do app ou internet banking do banco B; o banco B aciona o banco A para ter acesso às informações financeiras do cliente; o banco A pede autorização do cliente para compartilhar seus dados com o banco B e, quando há o consentimento, envia os dados; o banco B consegue fazer uma cotação de forma mais rápida e customizada a partir do histórico do cliente que teve acesso.

A expectativa é que este fluxo acarrete um processo de concorrência imediata, com demais bancos e fintechs prospectando os clientes dos bancos onde os correntistas já possuem movimentação, enquanto os bancos vão tentar defender sua base oferecendo condições ainda melhores que a nova concorrência. Desde dezembro de 2021, foi liberada a quarta fase da implantação, com o compartilhamento de informações de investimento, seguros, previdência e câmbio. Dados dos demais produtos seguirão sendo compartilhados em etapas até setembro de 2022. A busca é por melhores taxas, prazo e demais condições para os clientes, além da redução de risco para os bancos. Não é o que todos querem?

Professor Apolo Ferreira

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