IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 128 | 23/08/2021 a 15/10/2021

Em dia com o Mercado

Leandro Bitencourt: desafio e superação no esporte

O futebol e a natação, praticados ainda criança, foram imprescindíveis para que Leandro escolhesse sua profissão. Sem hesitar, o aluno da pós-graduação em Treinamento Esportivo: da iniciação ao alto rendimento, formou-se em Educação Física.   “Como muitos jovens, tinha que trabalhar para pagar a faculdade, e isso me fez atrasar um pouco a entrar no mercado trabalho da minha área. Foi quando pedi um estágio em uma academia perto da minha casa aos sábados, sem remuneração, pois o intuito era aprender mais e não ficar tão distante de alguns colegas de turma”, conta.

De lá pra cá, Leandro correu contra o tempo e tirou de letra a diferença encontrada no início da faculdade, por ter ingressado mais tarde. Atualmente, ele é sócio-proprietário da Teo Esportes,  a maior assessoria esportiva de Minas Gerais.

Nesta entrevista, conversamos sobre carreira, benefícios das atividades em tempos como os atuais, importância da pós e projeção dos esportes graças a eventos como as Olimpíadas. Confira:  

A corrida de rua é um esporte que traz no nome o local onde ele é desenvolvido. A prática é na rua, é uma atividade outdoor. E esse foi um grande obstáculo pra gente: como trazer um esporte outdoor para dentro de casa? Alguns alunos tiveram acesso a esteiras e conseguiram manter o planejado, outros procuraram treinar na rua mesmo, escolhendo locais mais isolados e até mesmo horários que fogem dos picos de aglomeração. Ainda assim, tivemos que nos reinventar. Migramos para as aulas online, onde o aluno pudesse trabalhar em sua casa as capacidades de força, coordenação e outras atividades bem específicas para a corrida. Muitos alunos aderiram a esta proposta e as aulas foram incríveis. Com a reabertura gradual das cidades, aos poucos, os alunos voltaram ou estão voltando a treinar na rua.

Vejo que funcionou por um período, como várias outras atividades virtuais. Com o passar dos dias e meses, senti que havia a necessidade de procurar motivações e atividades novas e atrativas para que as pessoas não perdessem o interesse. Hoje em dia, vejo que o virtual é realidade e que funciona muito bem. Temos que arriscar e acreditar em nosso trabalho para que dê certo e precisamos, também, estar sempre motivados para inovar.

A pós contribui para uma fase de novas perspectivas e atualização em uma área em que, cada vez mais, as pessoas procuram potencializar. Vejo na pós uma oportunidade de reciclagem e, também, de acompanhar as novidades em termos de estudos e visões da prática profissional. Além disso, o contato com colegas de turma e professores possibilidade uma troca de experiências no sistema ganha-ganha, em que todos os envolvidos aprendem e são beneficiados.

A atividade física nunca foi tão valorizada como nesse período de “prisão domiciliar” causada pela pandemia. O ato de procurar movimentar o corpo, por muitos, se deu pelo simples fato de colocar a cabeça em atividade e não “surtar” literalmente com tantas notícias ruins. Saúde é estar bem mentalmente, psicologicamente e fisicamente, portanto, a prática regular de atividade física nos permite melhorar nosso humor e nos deixa mais preparados para os desafios diários. Para iniciar uma rotina de exercícios físicos nesse período, importante procurar um profissional da Educação Física para orientar a melhor prática e avaliar as intensidades e frequências. Uma simples caminhada pode não ser o ideal, então vale a pena buscar uma orientação.Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje! Faça atividade física regular e orientada, assim sua saúde agradecerá muito! 

Vejo o virtual com bons olhos. As pessoas descobriram que são capazes de seguir uma nova rotina por meio de uma abordagem remota. O novo normal traz um perfil para o Educador físico que não tínhamos, que é a possibilidade de ser presente mesmo sem a presença física. Com essa perspectiva, ganhamos em tempo, pois trabalhamos direto de casa, evitamos deslocamentos e, com isso, estamos nos sentindo aptos a melhorar em outras áreas, como o empreendedorismo, por exemplo. Vejo também que o presencial será diferenciado. As aulas presenciais terão valores diferentes e poderão ser melhor remuneradas. Nessa perspectiva, acredito que o presencial não vá acabar, mas ao contrário, será mais valorizado.

Com certeza! Especialmente os esportes que trazem medalha olímpica. Na minha época, as medalhas dos nadadores Gustavo Borges e Fernando Scherer derma uma gás na procura pela natação. Hoje, após as medalha no skate, já percebo aumento do número de praticantes nessa modalidade, várias filhas de amigos meus começaram a praticar o esporte e acho isso incrível! Mulheres se sentindo aptas a estarem em cima de um skate, muito por causa das conquistas das medalhistas femininas. Tudo o que envolve exposição no esporte é uma super vitrine para novos praticantes, e nas Olimpíadas isso é potencializado, pois a cobertura da imprensa ocorre em várias mídias.

Boletim produzido pela Assessoria de Comunicação da Diretoria de Educação Continuada da PUC Minas

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