Agenda PUC Minas no São Gabriel
Número 140 | 8 a 14 de outubro de 2018

Prêmio Literário PUC Minas São Gabriel: leia os contos vencedores

Já estão disponíveis os contos vencedores da primeira edição do Prêmio Literário PUC Minas São Gabriel. A cerimônia de premiação ocorreu durante o encerramento da X SCAP e três estudantes foram premiados durante o evento. Contemplado com o primeiro lugar com a obra “Acredite”, o aluno de Psicologia, João Paulo Tomayno de Melo, demonstrou choque e alegria ao receber a notícia. “Contei aos meus colegas e a minha namorada, que se demonstraram muito felizes e orgulhosos”, diz ele.

Vanessa Ribeiro de Almeida, também estudante de Psicologia, premiada em segundo lugar com o conto “Ali, na rua Mármore”, também demonstrou surpresa com a premiação, pois afirma que tem mais facilidade com a escrita acadêmica do que ficção. Ela afirma a importância da premiação para si mesma. “Eu acho muito bacana que haja um programa de estímulo à escrita e de interação na comunidade acadêmica. Hoje me sinto mais confiante e curiosa quanta à estética de minhas produções. Espero que tenha sido a primeira edição de muitas outras. Escrever não é uma tarefa trivial para mim. Demanda esforço e ter incentivo e reconhecimento sobre o processo por parte da Universidade foi muito bacana. Me sinto muito mais inspirada para evoluir e imensamente grata por ter sido avaliada por professores que admiro”, diz ela.

João Paulo também afirma a importância do evento tanto para si quanto para a comunidade acadêmica. “Nunca havia publicado nenhum de meus manuscritos, e ter reconhecimento por algo que amo fazer é incrível. Desde que recebi o prêmio, me inspirei a escrever cada vez mais, a terminar os manuscritos que havia começado e a falar mais sobre escrever, algo que eu mantinha em segredo de boa parte das pessoas do meu convívio. Esse evento é muito importante para o incentivar os alunos, professores e funcionários na expressão de seus trabalhos e das coisas que temos apreço por fazer, como a literatura, a música e a arte como um todo", diz ele.

O aluno de Publicidade e Propaganda, Pedro Henrique Tortorelli Santos Maria, premiado em terceiro lugar com o conto “Margarida, igual a flor”, relata que sentiu-se alegre e confortado com o prêmio. “Vivemos em um momento conturbado, a incerteza, medo e desconfiança paira sobre as relações pessoais. Minha obra é isso, é falar de amor, de dor e de como podemos e deveríamos, ser melhores”, conta ele.

Para Pedro Henrique, a Universidade tem uma função muito importante na formação, não só de profissionais, como também de seres humanos. “Iniciativas como essa, permitem um ambiente acolhedor e seguro para que alunos possam se entregar em projetos pessoais, crescer como pessoa, expor ideias em debate de temas relevantes e, principalmente, dar asas a sua criatividade. Afinal de contas, somos aquilo que fazemos, escrevemos e sentimos”, reitera ele.

As obras estão disponíveis no links a seguir (os resumos abaixo são dos próprios autores):

1º Lugar: Acredite, de João Paulo Tomayno de Melo:

O conto narra a história de Alex, o qual, numa sociedade onde a honestidade e a cumplicidade entre governo e cidadãos são pilares absolutos, se vê devastado após ser diagnosticado com uma doença terminal. Embora não se sinta tão mal quanto lhe dizem que deveria, Alex aceita sua condição por acreditar fielmente na Crença, o sistema que governa sua sociedade. Após deixar sua casa e a companhia de sua amiga Helena para viver em um local que abriga os pacientes terminais, Alex começa a questionar se a Crença estava mesmo certa em seu diagnóstico, ou pior, se estava sendo honesta nele.

2º Lugar: Ali, na rua Mármore, de Vanessa Ribeiro de Almeida:

O conto faz um registro quase autobiográfico da cena boêmia que ainda respira nas ruas do bairro Santa Teresa. No diálogo entre realidade e imaginário primeiro estranha-se e, por fim, entranha-se.

3º Lugar: Margarida, igual a flor, de Pedro Henrique Tortorelli Santos Maria

O conto trata sobre medos e paixões, realizar um retrato de um universo, tantas vezes criticado sem ao menos ser conhecido e um relato triste do preconceito no Brasil tratado a partir da perspectiva inversa. A obra propõe um jogo de palavras que, ao longo da trama, revela o maior dos mistérios, até que ponto a ignorância humana consegue chegar, e uma reflexão que convida o leitor a descobrir o quão bonito pode ser a força de um jardim em meio ao caos.