IEC | Pós-graduação lato sensu PUC Minas

número 113 | 27/08/2019 a 16/09/2019

Em dia com o Mercado

Polianna Lopes é psicóloga com ênfase organizacional e coach executiva especializada em Gestão Avançada de RH pelo IEC/PUC Minas. Atualmente é diretora de Pessoas e Marketing da Microcity, empresa de T.I. localizada em Nova Lima que, em 2018, foi reconhecida como a segunda melhor para se trabalhar em Minas Gerais, segundo o ranking do Great Place To Work (GPTW) MG 2018, instituto mundial de pesquisa de clima e ambiente de trabalho, e melhores práticas de gestão de pessoas.

Confira o que ela tem a dizer sobre mercado de trabalho, tecnologia, currículo, entre outros temas*:

Enxergo esse cenário como uma vantagem e um ponto positivo. Quando comecei na área de RH, a gente dependia muito daquele currículo de papel e hoje a velocidade da tecnologia nos ajuda a sermos mais ágeis na contratação. Além disso, há diversas formas de um candidato se apresentar, por exemplo: ele pode enviar currículo por e-mail, vídeo, link de portfólio online enfim, vejo essas mudanças positivas tanto para a empresa quanto para o profissional que almeja a vaga. 

Bom, essas pessoas estão sem experiência profissional, mas trazem consigo experiência de vida, que não pode ser desconsiderada. Vejo mais ou menos assim: toda sua experiência e todas as suas escolhas falam de você. Desde o momento em que você está lá no Ensino Fundamental, no Ensino Médio, passando pela escolha da universidade e o leque de estágios que você realizou, tudo isso forma seu conjunto e essa soma torna-se aquilo que você está sendo, em construção: suas crenças, seus valores... Sendo assim, as atividades extracurriculares do candidato é que o diferenciam: voluntariado, participação em palestras, publicação de textos, projeto de pesquisa etc.. O candidato que tem em seu currículo atividades que mostram que ele executa algo a mais para além das obrigações curriculares tem uma vantagem competitiva, pois isso mostra proatividade.    

Então, quando chegamos ao fim do processo seletivo, naquele momento em que o funil já se estreitou bastante... E aqui eu trago a ideia de funil porque no início do processo a boca está grande, a gente seleciona muita gente para começar essa jornada, geralmente são muitos candidatos para as vagas. Voltando: esse funil, ao final, seleciona pessoas com perfis bastante parecidos para a vaga. Assim, as competências técnicas são muito parecidas. O que vai fazer diferença é realmente a atitude, o comportamento. Então, se eu tenho dois candidatos que estão empatados em suas habilidades, ambos cumpriram os pré-requisitos, e um deles cursa uma pós, não há dúvidas de quem será o escolhido. Além disso, fazer uma pós é sempre válido porque ela te alimenta muito acerca do pensamento crítico, há uma expansão da visão sistêmica, tudo isso porque há um salto, de fato, entre a graduação e a pós onde a pessoa já está mais madura até para questionar e levantar dúvidas, que talvez na graduação nem passassem por sua cabeça. Então, o resultado do casamento da pós com o mercado de trabalho é fantástico.

Bom, hoje não temos mais privacidade. A sua vida está exposta ali, para o bem ou para o mal.  O importante é ser você, sempre, mas com perspicácia. Então, você deve se perguntar: o que eu estou postando aqui eu teria tranquilidade para me sentar em uma entrevista e falar sobre? Eu falaria sobre esse assunto ou situação com naturalidade? Eu gosto de falar sobre isso, tenho orgulho de dominar esse tema, gosto de compartilhar esse assunto?  Aquela situação de mandar recado via rede social para outra pessoa, por exemplo, é muito ruim, pois mostra uma amargura e uma dificuldade de processar uma situação indesejável para as empresas. Nesses casos, o melhor é que você trate diretamente com a pessoa e não se exponha. Trate em sua rede de temas que você ama, se orgulha e que você falaria em outros espaços.   

* material editado. Extraído de entrevista realizada pela professora Laura Ituassu para o Projeto Formei, e agora? Para assistir a entrevista completa, clique aqui

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