26ª Mostra de trabalhos da Escola de Teatro
A partir desta quarta-feira, 27 de novembro, a Escola de Teatro PUC Minas apresentará a 26ª Mostra de Trabalhos de Final de Curso. A temporada começa com Bukowski-me!, nos dias 27, 28, 29 e 30 de novembro, com direção de Cynthia Paulino, seguida pelas montagens O Canto de Gregório, nos dias 2 e 3 de dezembro; Nekropolis, nos dias 5, 6 e 7 de dezembro; e Je Ne Sais Pas, nos dias 10 e 11 de dezembro, as três sob direção de Luiz Arthur. E, encerrando a mostra, O Velório do Abreu, nos dias 13, 14 e 15 de dezembro, com direção de Amaury Borges.
Os espetáculos serão apresentados no Espaço Cultural da Escola de Teatro, campus Coração Eucarístico, prédio 20, acesso 9 pela avenida 31 de Março. O ingresso é um quilo de alimento não perecível. As senhas serão distribuídas uma hora antes das apresentações.
Mais informações: (31) 3319-4015.
Sinopses das peças:
BUKOWSKI-ME!
(Texto livremente inspirado na poesia e prosa de Charles Bukowski: Crônica de um amor louco, Mulheres, Misto quente, Notas de um Velho Safado, O amor é um cão dos diabos, Textos autobiográficos & Pedaços de um caderno manchado de vinho)
Dramaturgia e direção: Cynthia Paulino
Apresentações: 27, 28 e 29 de novembro – 20h30
30 de novembro – 19h e 21h
Classificação etária: 18 anos
O CANTO DE GREGÓRIO
Um mergulho na mente do outro à procura da identidade de cada um de nós. Entrar na cabeça de alguém – se, literalmente, isso fosse possível – para compartilhar as angústias acerca de sua própria existência – seus julgamentos íntimos, suas crenças, seus mitos – é um mote e tanto.
Concebida originalmente no Círculo de Dramaturgias do Centro de Pesquisa Teatral, o CPT Sesc/SP, de Antunes Filho, O Canto de Gregório mostra um protagonista que conversa, contesta, admite, nega, lidera, falha, enfim, se angustia com a aventura humana que, aqui, culmina em assassinato. Múltiplos Gregórios, diversas faces de uma mesma moeda, colaboram para trazer à tona a verdade, não sobre o crime em questão, mas sobre o protagonista ser ou não um homem bom.
Quando diz "conseguia me considerar muito bonzinho, mas essa bondade infantil estava nos heróis castos de desenhos animados e filmes de cinema", Gregório sabe, desde o início, que, santo ou poeta, crente ou pagão, o homem é e sempre será um ser imperfeito.
Texto: Paulo Santoro
Direção e adaptação: Luiz Arthur
Apresentações: 2 e 3 de dezembro – 21h
Classificação etária: 12 anos
NEKROPOLIS
Que país é esse? Que justiça é essa? O poder corrompe. Até quando esperar? Arruaceiros, baderneiros, vândalos, manifestantes. Justiceiros. Ordem e progresso? Quem leva a culpa? De quem é a culpa?
Em Nekropolis, um grupo subversivo, autodenominado Estirpe, desenterra corpos recém-sepultados, em decomposição, e os expõem em praças públicas como forma de atacar uma sociedade contaminada pelos germes nocivos da corrupção, da impunidade, da insegurança, da violência, da desigualdade social e de tantas outras culpabilidades, muitas vezes, anônimas.
Roberto Alvim, do consagrado Club Noir, de São Paulo, arquitetou um julgamento de mazelas morais em que a condenação ou não dos réus é algo relativo. Na cena e para além dela, é uma escolha nada fácil sermos homens comuns ou juízes superiores. Afinal, como diria a personagem Ana Maria, "os monstros costumam fazer barulho". Será?
Texto: Roberto Alvim
Direção, adaptação, trilha sonora e iluminação: Luiz Arthur
Apresentações: 5, 6 e 7 de dezembro – 21h
Classificação etária: 16 anos
JE NE SAIS PAS
"Todos nós nascemos loucos, alguns permanecem." Um encontro entre Friedrich Dürrenmatt, Eugène Ionesco, Samuel Beckett e Fernando Arrabal. Um encontro de dois diretores tão díspares quanto obcecados na condução de processos criativos plenos. Em cena, uma trupe em busca de sua identidade artística. O desafio de se aventurar por obras que traduzem os nossos medos e ansiedades: a incerteza frente a uma vida sem significado, confusa, sem respostas. O cotidiano ilógico e instável que ultrapassa o palco e brinca com o sossego (ilusório) da plateia. "Que curioso, que estranho, que coincidência." Figuras barbaramente perplexas, em choque, cuidadosamente inverossímeis e, como nós: inesgotáveis.
Adaptação de cenas: Jefferson da Fonseca Coutinho e elenco
Direção compartilhada: Luiz Arthur e Jefferson da Fonseca Coutinho
Apresentações: 10 e 11 de dezembro – 21h
Classificação etária: 14 anos
O VELÓRIO DO ABREU
No velório do Abreu, descobre-se que o defunto havia acabado de ganhar na loteria. O problema é que o bilhete sumiu. Neste exercício de montagem, a turma pesquisa sobre a atuação cômica. A peça é baseada no texto de Aziz Bajur (Velório à Brasileira) e retrata a ganância e o absurdo das relações.
Adaptação e direção: Amaury Borges
Apresentações: 13 e 14 de dezembro – 21h
15 de dezembro – 19h
Classificação etária: livre
20/11/2013