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Saúde no trabalho

Dores nos ombros, nas costas, joelhos. Enxaqueca, esgotamento, estresse. Esses são sinais de que alguma coisa anda errada dentro ou fora do seu trabalho. Muitas vezes, no cafezinho do intervalo ou encontro com um dos colegas no corredor, é comum ouvir uma queixa de dores, cansaço e problemas emocionais.

A pressão do dia a dia, a necessidade de cumprir metas ou fazer muitas tarefas ao mesmo tempo podem contribuir para o adoecimento físico e mental do trabalhador. Mas o fato é que organização, o uso adequado das ferramentas de trabalho e uma postura correta contribuem significativamente para melhorar os problemas.

Pensando nisso, a professora Márcia Colamarco, do Curso de Fisioterapia da PUC Minas em Betim, oferece, aqui, algumas orientações para a prevenção da temida doença osteomuscular relacionada ao trabalho (Dort).

“Se você sentiu dores e percebe que os demais colegas não se queixam de sintomas parecidos, o primeiro passo é procurar um profissional especializado. Mas, se conversando com pessoas no ambiente de trabalho, você descobre que os colegas que exercem as mesmas funções sentem dores e incômodos parecidos, melhor mesmo é conversar com o seu supervisor para descobrirem, juntos, formas de adequar o trabalho para a equipe”, recomenda a professora.

Aliados

De acordo com a fisioterapeuta, a última pesquisa divulgada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que cerca de 4% do PIB de um país é gasto com a saúde e acidentes de trabalho. “Com esse número, podemos ver que a empresa deve ser a maior interessada em manter a saúde mental e física de seu funcionário e, por isso, ter um diálogo franco e aberto com os supervisores é fundamental, Afinal, esse valor é muito caro para um país”.

Uma aliada importante para os funcionários de grandes empresas é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Na PUC Minas, todas as unidades possuem um grupo que tem por objetivo identificar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir e eliminar os problemas. Esse grupo é eleito pelos próprios colegas e, por lei, tem estabilidade no emprego por dois anos. “É por isso que eles têm o dever de discutir diretamente com a administração da empresa soluções para a melhoria da qualidade de vida dos funcionários”, conta Márcia.

A presidente da Cipa da PUC Minas em Betim, Daniele Batemarque, pede o apoio de todos os funcionários. “Muitas vezes nossos colegas não entendem a importância da comissão e a participação de cada um é essencial. O grupo é pequeno, mas, se cada colega puder nos comunicar os problemas que vê e vivencia, fica mais fácil de agir. Nos últimos anos, as gestões da Cipa em Betim têm atuado com programas e eventos sobre qualidade de vida, informando e incentivando os funcionários sobre as melhores formas de prevenir doenças e acidentes”, comenta Daniele.

Conscientização

Alguns problemas podem ser evitados se diagnosticados logo no início ou se medidas preventivas forem tomadas. “Trabalhar diretamente na mesma posição nunca é bom. O ideal é poder alternar entre o trabalho em pé e sentado. Se você tem que ficar a maior parte ou o tempo todo de pé, tente nos intervalos fazer exercícios pequenos e leves que possam ajudar na circulação sanguínea. Para quem trabalha por muito tempo sentado, é importante levantar de tempos em tempos para tomar água, café, usar o banheiro ou até atender o telefone”, explica a professora Márcia.

Alguns profissionais acham difícil incluir no seu dia a dia as dicas dadas por médicos e fisioterapeutas; mas, com um pouco de criatividade, é possível deixar sua rotina mais dinâmica. “Encontre formas de encaixar dentro de suas tarefas automáticas algum movimento, como levantar, andar, entregar um documento em outro setor”, ensina a professora.

Luciano Ferreira Dias é auxiliar de administração do Posto Financeiro na PUC Minas em Betim e conta que as experiências ruins fizeram com que ele mudasse os seus hábitos. “Eu sentia muitas dores na coluna e, aos 21 anos de idade, procurei um médico que diagnosticou o início de uma hérnia de disco. Fiz algumas sessões de fisioterapia e, daí em diante, mudei completamente a minha postura para sentar, me movimentar, e estou muito bem”, conta.

Para aqueles que querem adotar uma nova consciência do corpo e da mente, a professora Márcia Colamarco dá as dicas:

• Buscar satisfação naquilo que faz e produz;
• Relacionar-se bem no ambiente de trabalho;
• Organizar o trabalho de forma que ele fique menos cansativo e estressante, alternando, por exemplo, atividades burocráticas, atendimento e intervalos;
• Procurar o profissional específico para o problema: lembre-se, quanto mais avançado o problema, maior e mais difícil fica o tratamento;
• Fazer o tratamento completo recomendado pelo especialista e conversar com o supervisor sobre a possibilidade de trocar a sua função para que o problema não volte;
• Não manter a mesma posição por muito tempo;
• No computador, observar a luminosidade, desviar os olhos por alguns instantes e piscar com frequência;
• Não usar o telefone e o computador ao mesmo tempo. Caso seja necessário, utilizar o fone de ouvido para atender o telefone;
• Tire dois minutos do dia para respirar fundo enchendo os pulmões de ar e soltando os ombros por cinco vezes;
• Não faça deslocamentos agachado. Levante e agache com a coluna ereta, mesmo se o objeto que você quer pegar estiver próximo;
• Use o rodízio da cadeira para pequenos deslocamentos. Para movimentos maiores, levante-se e vá até o local desejado.

Para quem trabalha por muito tempo em pé ou sentado:

• Faça movimentos circulares com os pés para a direita e para a esquerda;
• Use um apoio nos pés quando estiver sentado e um degrau para trocar o peso do corpo por alguns instantes, quando estiver por muito tempo em pé;
• Tente fazer pequenas caminhadas para evitar a mesma posição;
• Mantenha a coluna sempre ereta para todas as atividades.

Dicas da Fono: Cuide bem da sua audição!

• Você sabia que o volume do seu estéreo pessoal (MP3, MP4...) deve ser deixado na metade do volume máximo do aparelho?
• Você sabia que se o som emitido pelos fones puder ser ouvido pelas pessoas ao seu redor o volume está muito alto?
• Você sabia que devemos evitar utilizar fones de ouvido por muitas horas seguidas?
• A exposição excessiva à música amplificada pode causar problemas auditivos e extra-auditivos, tais como:

Auditivos:

• Ouvir constantemente zumbidos;
• Necessidade de aumentar o volume da televisão e do rádio;
• Dificuldade de compreender o que as pessoas falam;
• Incômodo ao ouvir determinados sons;
• Sensação de ouvido tampado.

Extra-auditivos:

•  Dor de cabeça;
• Estresse;
• Irritação;
• Flutuação de humor;
• Distúrbios gastrointestinais;
• Alterações do sono;
• Diminuição de rendimento no trabalho;
• Ansiedade;
• Dependência: ocorre quando os usuários de fones de ouvido não conseguem fazer absolutamente nada sem eles, mesmo que não esteja tocando música alguma. Em casos mais graves podem apresentar sinais de abstinência, como, por exemplo, irritação e nervosismo excessivo quando não estão com os fones de ouvido.

Dicas dadas pela professora Luciana Lemos de Azevedo,
coordenadora da Especialização em Voz e membro do Colegiado do Curso de Fonoaudiologia da PUC Minas

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