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Massagem que acalma

Cuidar de criança sempre foi uma das paixões de Thatiely Ferreira Marques Guimarães, enfermeira do Posto Médico da Unidade Barreiro. Começou como babá, foi professora de primeiros cuidados em curso técnico de enfermagem e, hoje, nos seus horários de folga do trabalho, além de ensinar aos pais de primeira viagem como zelar por seus filhos, Thatiely ensina a shantala, técnica de massagem indiana especialmente desenvolvida para bebês.

A massagem foi elaborada pelo médico francês Frédérick Leboyer, quando, em uma viagem à Índia, viu uma mulher massageando o seu bebê e lhe pediu para ensinar a técnica, batizada como shantala em homenagem a sua tutora. A shantala trás diversos benefícios para a criança como fortalecimento do vínculo com quem faz, relaxamento, bem-estar, sono tranquilo, alívio das cólicas, melhora a digestão e o desenvolvimento motor.

Thatiely teve contato com a técnica há 12 anos, depois de observar que as pessoas estavam muito mecânicas na hora do cuidado com uma criança e sentia a necessidade de mudança. "Na época em que eu era babá, muitas mães me contratavam para eu cuidar da criança e acabavam não tendo vínculo com o bebê. Eu me apegava à criança enquanto cuidadora e a família também tinha que ter esse apego. Assim como um banho e uma troca de fralda, a shantala também é um cuidado diário", pontua a enfermeira.

Desde então, Thatiely foi aprendendo a técnica, repassando para seus alunos e ensinando para pais e familiares que a contratavam. "Normalmente o ensinamento da shantala acontece de mãe para filha, mas hoje nós já sabemos que pode ser trabalhada não só com a mãe, mas também com o pai e outros familiares, desde que tenha tempo, respeito pela técnica a ser seguida, cuidado e carinho para fazer aquilo diariamente com o bebê", diz.

Ensinando a técnica com uma boneca até os pais terem segurança de fazer a massagem, Thatiely conta que a shantala é dividida por etapas, primeiro massageia o tronco, depois o abdômen, passando para os membros superiores, inferiores, as costas e por fim o rosto. "Eu trabalho com criança desde 2002 e consigo ver que o processo de crescimento e desenvolvimento por meio da shantala é positivo. Por isso, sempre estou buscando novas crianças e repassando o conhecimento. Não quero só eu aplicar a técnica, quero educar outras pessoas para passar adiante", afirma.

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