Prof. Sérgio de Morais Hanriot
Pró-reitor de Pesquisa e de Pós-graduação

Pesquisa reflete aproximação da academia com a sociedade

A PUC Minas, atenta aos avanços registrados nas diversas áreas e às demandas e tendências do setor produtivo, incentiva constantemente a produção do conhecimento científico de alunos e professores. Uma das iniciativas é a concessão de bolsas de pesquisa de agências de fomento, como CNPq e Fapemig. Segundo o pró-reitor de Pesquisa e de Pós-graduação, professor Sérgio de Morais Hanriot, a pesquisa na Universidade reflete a aproximação da academia com os anseios da sociedade – algumas vezes, inclusive, antecipando-os.

Como o senhor avalia a conexão entre a pesquisa da PUC Minas e a sociedade, em especial o setor produtivo?

Podemos afirmar que a pesquisa na PUC Minas está simultaneamente atenta aos avanços que se registram nos campos específicos de conhecimento em que os programas estão inseridos e as demandas e tendências que o setor produtivo não apenas precisa antever, mas, muitas vezes, acaba por antecipar nessa aproximação com a Universidade. Cabe lembrar que a inserção social dos programas – e não apenas, claro, no setor produtivo, mas em todas as esferas da sociedade – é um dos importantes itens de avaliação pela Capes. Nesse processo efetivo de presença na sociedade, há que se destacar a inserção de bolsistas de iniciação científica, tecnológica e inovação, bem como alunos de mestrado e doutorado em projetos de pesquisa demandados pelas empresas. Um ponto importante também de nossa política de pós-graduação stricto sensu é o estabelecimento de cotas de prioridade dentro das parcerias com as agências de fomento. Citaria também o Programa Ciência sem Fronteiras, que permite a inserção dos alunos nas melhores universidades do exterior e a consolidação do Núcleo de Inovação Tecnológica (com apoio da Fapemig), visando a prospecção e estímulo a projetos de inovação desenvolvidos por professores e alunos. Um estímulo importante à pesquisa na PUC Minas é o Fundo de Incentivo à Pesquisa, que destina, atualmente, 20% do recurso para projetos que envolvem inovação tecnológica e o acompanhamento dos egressos da pós-graduação como mecanismo de inserção dos alunos na sociedade.

O senhor pode traduzir em números o tamanho da pesquisa e da pós-graduação na PUC Minas?

De modo bem objetivo, os números são os seguintes: são quase 1,5 mil alunos, entre regulares e aqueles que frequentam disciplinas isoladas; 240 professores, sendo que 23 desses docentes recebem bolsa de produtividade do CNPq e dois deles são pesquisadores PQ-1 (pesquisador de maior classificação dentre os pesquisadores do Brasil). Em 2011, 44 projetos foram iniciados, tendo disponível o financiamento de R$10.379.127. Já este ano, até agosto, contabilizamos 37 projetos, com valor captado de R$4.995.460,42. As bolsas para o corpo discente estão assim distribuídas: 441 para iniciação científica; 280, mestrado e 130, doutorado.

A PUC Minas conta com 16 programas e 27 cursos de mestrado e doutorado. Quais são hoje os grandes desafios para a conquista da excelência na pesquisa e na pós-graduação?
Há, certamente, muitos desafios que norteiam nosso trabalho, mas, em especial, citaria três muito importantes. O primeiro diz respeito à necessária busca de internacionalização dos programas. O objetivo é inserir efetivamente nossa pesquisa em um contexto internacional de produção de conhecimento. Nesse mundo globalizado, nossas expertises e excelência só se concretizarão de fato com um diálogo efetivo com pesquisadores de outros países, de outros continentes. Não precisamos aqui relembrar a velocidade com que a informação e o conhecimento circulam hoje no mundo, o que exige de todos nós essa abertura e a aspiração a projetos mais arrojados e conectados com o mundo. Outros dois desafios dizem respeito à qualificação de nossos corpos discente e docente e também da nossa produção intelectual, observando-se aí os padrões vigentes de avaliação. Esses dois últimos, certamente, estão muito interligados.

Um investimento importante hoje da PUC Minas também está relacionado ao estímulo à iniciação científica. Qual é a importância desse trabalho e como ele se dá?
A iniciação científica é o menor caminho entre a graduação e a pós-graduação. Seguindo as premissas do acordo sindical, disponibilizamos 0,5% da receita líquida da Universidade para projetos de pesquisa do formato FIP/Probic, que está associado a agências de fomento como Fapemig (BIC), CNPq (Pibit, Pibic). Também aderimos ao Programa Ciências sem Fronteiras, do Governo Federal.

Qual tem sido o apoio da Universidade para que os professores da Instituição se titulem?
Na PUC Minas, temos o Programa Permanente de Captação Docente (PPCD), que, no passado, titulou mestres, e, hoje em dia, apoia professores da instituição para realizarem o doutorado. Atualmente, há 29 professores no programa. O PPCD conta também com o estágio sênior e o pós-doutoral.

Em termos das universidades particulares, como a PUC Minas se situa em relação à oferta de pós-graduação stricto sensu?
A PUC Minas está entre as maiores instituições comunitárias do País. A pós-graduação stricto sensu foi iniciada, na PUC Minas, em 1989, com o Programa de Pós-graduação em Letras. Atualmente, há 16 programas, com 27 cursos, sendo nove de doutorado e 18 de mestrados (incluídos três mestrados profissionais). Há, ainda, dois doutorados interinstitucionais (Dinter) – Geografia e Letras – em andamento e um, que se iniciará em 2013, do Programa de Direito com a Faculdade Católica de Tocantins. São oferecidas bolsas de agências de fomento, como Capes/Prosup e Fapemig, além de demandas induzidas (editais para temas específicos). A Universidade também aderiu ao PEC-PG (Programa de Estudantes - Convênio de Pós-graduação) e a bolsas da Capes e CNPq via Mercosul.

 

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