O primeiro trimestre de 2011 se encerrou com o lançamento do Programa de Comunicação Interna, capitaneado pela Secretaria de Comunicação da Universidade, e cujo piloto começa a ser realizado na Unidade de São Gabriel. O programa pretende oferecer mecanismos e ferramentas para qualificar nossos processos de comunicação interna. Entre os resultados esperados pelos executores do Programa, estão o fim das obstruções e vácuos que bloqueiam, suspendem ou impedem a circulação da informação; criação de suportes de referência para a circulação da informação, possibilitando que o público interno esteja mais bem informado sobre a Unidade e a Universidade como um todo; mais transparência nos processos e decisões da Unidade e elevação da auto-estima e intensificação do sentimento de pertencimento por parte dos membros da Unidade.
Queira Deus que consigamos avançar neste complexo campo da comunicação interna que, como sabemos, deve ser resultado do envolvimento e compromisso de todos, possibilitando a constituição de processos inteligentes, ágeis e éticos de circulação das informações de interesse da Instituição. Durante este ano de 2011, serão desenvolvidas várias ações com esse objetivo. Mas torna–se imperativo que toda a comunidade universitária entre em ‘estado de comunicação’ permanente, se envolvendo nesta construção coletiva. Para este piloto, a Unidade São Gabriel foi a escolhida para abrigar o Programa devido ao tamanho deste Núcleo Universitário, o volume das atividades desenvolvidas e a predisposição das pessoas já envolvidas nos processos de gestão por resultados que também se iniciam na Unidade. A partir deste início de caminhada, por compromisso e necessidade, estenderemos o Programa de Comunicação Interna a toda a Universidade, na certeza de que colheremos efetivos resultados em termos da qualidade de nossas interações e convívio cotidiano.
Não por coincidência, esses primeiros meses de trabalho do ano de 2011 estão marcados por eventos ligados à necessidade de qualificarmos cada vez mais os processos de comunicação em nossa Universidade, seja internamente nos setores ou entre as diversas áreas que compõem os campi e unidades. Desde as comunicações de natureza administrativa e acadêmica e seus modos e formas de circulação até mesmo os suportes que viabilizam a visibilidade das informações realmente relevantes para o conjunto da comunidade, nosso desejo é de que ampliemos nossas habilidades e correção na gestão, oferta e acolhimento dos conteúdos com os quais lidamos - em suas diversas naturezas e graus de importância.
Por um diálogo sereno e responsável
É nesse sentido que, no final do mês de março, distribuímos para os professores da PUC Minas comunicado em que reafirmamos a preocupação com o modo, que nos parece bastante equivocado, como a representação docente reiteradamente tem se manifestado ao professorado. No referido comunicado, chamamos a atenção para o fato de que a Reitoria da PUC Minas, ao mesmo tempo que procura manter a comunidade acadêmica devidamente informada sobre nossos processos administrativos e acadêmicos, tem optado por evitar, em respeito aos corpos docente e técnico-administrativo, alimentar uma troca excessiva e desnecessária de mensagens eletrônicas, como parece desejar a representação docente, que, não raramente, tem pautado seus informes por um tom bilioso e jocoso, que pouco contribui para a vida acadêmica e não condiz com a qualidade das relações estabelecidas com nossos professores e funcionários.
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Em uma visão enviesada e imaginativa, a representação docente insiste em traçar um quadro de caos administrativo que a comunidade percebe ser irreal e que sugere uma atitude irresponsável. A comunicação mais recente, por parte da representação docente, além de, mais uma vez, conter críticas indevidas e inapropriadas, lamentavelmente demonstra desconhecimento dos direitos individuais, assegurados pela própria Constituição Federal, e das competências estatutárias do Reitor.
Mas o que temos a lamentar, especialmente, é o modo como a representação docente flagrantemente afrontou nosso Conselho Universitário. Na já mencionada comunicação, a associação, ao referir-se à aprovação, pelo Conselho, das alterações estatutárias, o fez de modo desrespeitoso e ignorando a autonomia e condição soberana daquele Egrégio Conselho. Não podemos, certamente, neste momento, e, claro, mesmo reconhecendo a natureza por vezes antagônica de interesses e posições, deixar de manifestar nossa preocupação em relação a uma representação docente que opta por confundir ao invés de esclarecer; de atomizar, ao invés de cooperar, e de se postar, via de regra, de modo enviesado e agressivo.
Cabe dizer ainda que nas seguidas correspondências da representação docente, pode-se perceber equívocos de interpretação de fatos e circunstâncias. Assim foi, por exemplo, nos episódios mencionados da Portaria 004/2011 e na saída do diretor da Editora PUC Minas, professor Geraldo Márcio Guimarães. A adoção desta Portaria teve o objetivo de disciplinar o acesso e divulgação de dados ou informações de caráter pessoal ou institucional. Esta portaria resultou de um processo de maturação iniciado em fevereiro deste ano, a partir de solicitação de parecer à Consultoria Jurídica da Universidade, com o propósito principal de resguardar a Instituição nos assuntos de seu interesse como também proteger professores, funcionários e alunos em termos de informações que lhes são próprias e que, eventualmente, têm caráter sigiloso. Nada mais. Novamente, a representação docente optou não por apresentar questionamentos coerentes e razoáveis, mas genericamente apenas afirmar que em tudo há má intenção.
No caso da saída do mencionado professor, a representação docente quis fazer crer que a Reitoria omitiu o seu desligamento, já que a Secretaria Geral não divulgou tal movimentação. Como é de praxe no relacionamento respeitoso que mantemos com nossos colaboradores, o Reitor fez a necessária comunicação pessoalmente ao professor Guimarães, aproveitando a oportunidade para agradecer-lhe pelos muitos serviços prestados à Instituição e por tantos anos em que, temos certeza, houve um mútuo respeito e crescimento. Vale lembrar que não é da competência da Secretaria Geral, que se ocupa, nesses casos, de dar conhecimento sobre as mudanças e alterações de cargos e funções, divulgar o desligamento funcional de professores e funcionários. Aliás, esse não é um tipo de informação que deva, por inúmeros motivos, ser assim tratada. Há meios e modos apropriados para fazê-lo, especialmente por respeito aos envolvidos. Cabe dizer ainda que, mesmo na data da correspondência da entidade representante dos docentes, o desligamento do professor ainda não havia se dado.
Aproveito este espaço para agradecer as inúmeras manifestações de apoio recebidas de professores e funcionários que, em suas mensagens, também expuseram seu profundo desconforto em relação ao modo desrespeitoso e agressivo com o qual a representação docente tem pautado suas mensagens.
Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães
Reitor da PUC Minas
Bispo auxiliar de Belo Horizonte |