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Horta no prato

Mudar os hábitos alimentares não é tarefa fácil, especialmente para quem adora frituras, refrigerantes e fast food. Atualmente, a busca por dietas vegetarianas ultrapassa as questões de saúde e engloba também uma preocupação com a preservação ambiental. Há quatro anos o funcionário Marcelo Augusto de Lima e Silva, auxiliar administrativo na Secretaria de Comunicação, passou a buscar um novo jeito de se alimentar, excluindo todas as carnes de sua dieta. Mas alerta: “Parar de comer carne de um dia para o outro pode enfraquecer o corpo. O ideal é aumentar a gama de frutas e legumes e as fontes vegetais de proteína, consumindo grão de bico, lentilha, entre outros”.

Segundo a professora Milene Cristina Henriques, do Curso de Nutrição, para uma alimentação saudável é fundamental o consumo de maneira equilibrada de carboidratos, proteínas e gorduras, além das vitaminas e minerais. “Os alimentos de origem animal são importantes fontes de proteínas, vitamina B12, vitamina A, riboflavina e zinco. O leite é a nossa maior fonte de cálcio e a carne, de ferro. Para evitar a deficiência desses nutrientes, é fundamental aumentar o consumo por meio de outras fontes antes de se tornar vegetarianos de uma hora pra outra. Afinal, quanto mais restrita é uma dieta, maiores as chances de se desenvolver uma deficiência alimentar”, explica, ressaltando a necessidade de se consultar um profissional para fazer a transição de maneira consciente.

Marcelo Augusto passou a ser vegetariano após refletir a respeito da forma como os animais são tratados antes do abate para comercialização da carne. “Eles são tratados como matéria prima pela indústria e não acho justo isso. Não é uma questão sentimental, mas de consciência ambiental”, diz.

O funcionário conta que chegou a ser adepto do veganismo mas, depois de sofrer um acidente, seu organismo sentiu falta de um alimento em especial. “Eu perdi muito sangue no acidente e meu corpo sentiu falta de algum alimento mais forte, então voltei a comer ovo. Mas não como outros alimentos de origem animal, muito raramente como um pedaço pequeno de queijo”, explica. Marcelo conta que, depois que parou de tomar leite, reduziu significativamente o número de vezes que fica doente em um ano. “Antes, eu tinha amigdalites e crises de sinusite mensais, e eram crises fortes. Hoje quase não fico doente”, conta.

A professora Milene Henriques destaca que, apesar de o leite atualmente ser um alimento condenado por alguns pelo seu possível efeito inflamatório, não é possível generalizar os efeitos do produto em todos os organismos. “De fato o leite de vaca possui constituição proteica e imunológica muito diferente do leite humano, e algumas pessoas podem estar mais expostas a possíveis processos alérgicos em decorrência do seu consumo. Sem contar que alguns indivíduos não conseguem digerir e absorver a lactose, o açúcar naturalmente presente nos leites e derivados. Mas os problemas relacionados ao consumo de leite de vaca são muito específicos e individuais, não dá pra generalizar que todos terão problemas decorrentes do consumo de leite”, diz.

A melhora na saúde de Marcelo com uma alimentação mais equilibrada foi comprovada pelos novos exames de sangue. “Meus exames médicos eram todos péssimos. Meu colesterol LDL, por exemplo, chegava a 240 mg/dL, enquanto o limite é 200 mg/dL”, afirma ele, que tem apenas 22 anos.

A eliminação das carnes do cardápio também trouxe benefícios para o humor de Marcelo. Segundo ele, passou a se sentir menos estressado e raivoso, características antes muito evidentes em sua personalidade. “Percebi que fiquei mais tranquilo em relação a tudo e penso que existe uma explicação para isso: o animal, quando vai para o abate, já sabe o que vai acontecer e libera muita adrenalina, que fica ali armazenada na carne. Além disso, também injetam hormônios para o animal ficar maior e crescer rápido”, crê Marcelo.

Milene afirma que todas as carnes, invariavelmente, possuem hormônios naturais, mas, no Brasil, o uso de hormônios em gado de corte é proibido, assim como em suínos e aves. “Mas pode ser utilizado no tratamento de problemas reprodutivos dos animais. Para aqueles que seguem a dieta convencional, com consumo de carnes e vegetais, o mais importante é comprar de um local ou marca de confiança, uma vez que há relatos do uso de hormônios proibidos no mercado ilegal. Os antibióticos também são utilizados em muitos animais, daí a necessidade de averiguar a procedência do alimento”, finaliza.

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