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Fé em Deus e pé no pedal

Deus, saúde e bicicleta. Esse é o tripé que sustenta a vida de Josias Barbosa. Mais do que um meio para locomoção, a "magrela" tem um lugar importante na vida do funcionário do Setor de Infraestrutura da PUC Minas Contagem: está presente na rotina, lazer e até mesmo serve como companheira, nos momentos em que é necessário espairecer ou refletir. A parceria é antiga, e começou não por acaso ou diversão, mas por necessidade. "Comecei a andar de bicicleta aos 12 anos, lá em Piedade dos Gerais, onde eu nasci", relembra o auxiliar de manutenção. Cinquenta anos depois, a bicicleta ainda é usada como transporte, mas o seu lugar na vida do pedreiro de 62 anos vai além disso. "A bicicleta é a minha amiga do dia a dia", explica.

A bicicleta é o principal meio de locomoção de Josias, que usa o veículo para trabalhar. Ele gasta, em média, 1h15 no trajeto de casa ao campus Contagem e não dispensa a companheira nem mesmo quando a meteorologia não favorece. "Tem dia que é puxado, que o sol aperta, mas eu venho todo dia, faça sol ou faça chuva", explica. Para ele, o esforço físico é compensado com qualidade de vida. "Quando eu não vinha de bicicleta, eu pegava dois ônibus. Gastava mais de duas horas para chegar em casa. Agora, eu chego mais rápido. É um hábito que me faz ganhar tempo e saúde também", explica. Nos serviços autônomos que ele executa nos fins de semana, na Região Metropolitana e nas cidades vizinhas, a bicicleta também é sua locomoção. "Só não vou de bicicleta quando a maleta de ferramentas fica muito pesada", explica Josias, que faz manutenção em caixas de esgoto, caixas-d’água, telhados e calhas, entre outros reparos.

E não é só na hora do trabalho que a bicicleta está presente. Nos momentos livres, a amiga de todas as horas também é sinônimo de diversão e relaxamento. "O dia que eu vejo que o clima está meio ruim vou pedalar para espairecer e para curtir a natureza. Vou observando a paisagem e, quando vejo, já estou muito longe", conta. E, assim, nesses passeios despretensiosos, ele já chegou a Caeté, Nova Serrana, Bonfim, Brumadinho, Oliveira, Santo Afonso, Santa Luzia, Divinópolis, Itaguara e Lavras. Seu destino mais distante foi o município de Perdões, a cerca de 200 km de Belo Horizonte.

Para as próximas férias, ele planeja uma aventura maior. "Pretendo ir à PUC de São Paulo. Quero chegar lá, bater foto e trazer para o pessoal ver. Aí, daqui para lá, vou fotografar todas as entradas de municípios. Acho que vou gastar uns quatro dias", conta, animado.

Mas nem tudo são flores nessa vida de pedal. Josias conta que já se acidentou duas vezes. "Ano passado eu fiquei 18 dias afastado, minha filha pediu para eu não andar mais. Mas está no sangue, não tem jeito. Mesmo depois do acidente, eu não tenho medo, não. Quando eu vou sair eu faço uma oração e peço a Deus para me proteger. É fé em Deus e pé na tábua. Na tábua, não. No pedal, né?".

Para Josias, também falta respeito no trânsito, por parte dos motoristas e dos órgãos mantenedores das vias. "Eles incentivam a andar de bicicleta, mas não dão estrutura para ninguém andar", critica. Para ele, é necessário investir em ciclovias para que os ciclistas não necessitem disputar espaço com carros de passeio, ônibus e caminhões.

Por isso, ele aconselha a quem tem vontade de pedalar: "Segurança! Capacete, óculos e sapato fechado. Vale a pena, seja por esporte ou por necessidade". Josias, que encara a vida sobre duas rodas como uma terapia, completa: "A gente fica em um movimento constante. Aí você sai de bicicleta e pega só paisagem. Para em um riacho, bate uma foto, para em uma plantação, bate outra foto... Eu acho divertido. Bicicleta é bom demais!".


Josias Barbosa já foi pedalando de BH até a cidade de Perdões (MG)

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