PUC CULT POR DENTRO DA PUC EM DIA COM RH GERAIS ANIVERSÁRIOS CADÊ VOCÊ? GENTE NOVA BEM ESTAR LADO B

:: Voltar à primeira página do informativo ::

Sódio: vilão presente nos alimentos industrializados

Uma parceria do Ministério da Saúde (MS) com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), firmada em agosto, garantiu a redução da quantidade de sal em pães de forma, bisnaguinhas e macarrões instantâneos.  Segundo pesquisas, as indústrias alimentícias reduziram, em um ano, 1.295 toneladas de sódio na produção desses alimentos. A previsão é de que este abatimento na quantidade de sal dos produtos industrializados chegue a 1,8 mil toneladas até o fim de 2014. A redução do sódio nos alimentos, que passou a ser promovida em 2011, é uma ação de promoção da saúde da população, como explica o professor Gilberto Antônio Reis, do Curso de Medicina. "O consumo excessivo de sódio, geralmente na forma de cloreto de sódio - o sal de cozinha - é um dos fatores relacionados ao desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica. A elevação persistente da pressão arterial compromete órgãos vitais como o coração, o cérebro e os rins, levando ao mau funcionamento deles. Esse mau funcionamento geralmente evolui até causar a morte ou sequelas graves", informa.

Até 2020,  estima-se que mais de 28 mil toneladas de sódio estejam fora das prateleiras, como resultado dos quatro Termos de Compromisso firmados entre o Ministério da Saúde e a Abia. O total das parcerias reúne 16 categorias de alimentos que representam mais de 90% do sódio em produtos industrializados. O objetivo é alertar a população para a mudança de alguns hábitos alimentares, tanto no consumo de sal na hora das refeições quanto na escolha dos produtos nas gôndolas dos supermercados.

Consumo de sal – Um estudo feito pelo Ministério da Saúde mostra que o brasileiro tem uma percepção equivocada sobre a quantidade correta de sal a ser consumida diariamente, pois acredita que utiliza menos sal do que realmente chega às mesas. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2013), 48,6% dos brasileiros avaliaram como médio o nível de consumo diário de sal. No entanto, no Brasil, estima-se consumo médio de quase 12g por pessoa por dia, o que é mais do que o dobro do que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de no máximo cinco gramas ao dia. De acordo com o professor Gilberto, incentivar hábitos saudáveis de alimentação faz parte da educação para saúde e é papel dos profissionais. "Precisamos conhecer as origens e motivos dos maus hábitos da população que culminam no excesso do consumo de sal. Essa compreensão propiciará uma abordagem adequada do nosso paciente, no sentido de adquirir hábitos de vida saudáveis", explica o professor.

O consumo exagerado do sal está relacionado ao aumento no risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doenças renais, entre outras. "Sabemos que o sódio está relacionado à elevação da pressão arterial, pois ele tem a capacidade de aumentar o volume de sangue dentro das nossas artérias, por meio de um processo físico-químico chamado osmose. Esse processo leva à transferência da água existente em nosso corpo para dentro das artérias, sempre que há alta concentração de sódio no sangue, aumentando o esforço do coração e pressionando as paredes das artérias, que podem sofrer rupturas, como acontece nos derrames, ou ao longo do tempo ficarem mais rígidas e com menor capacidade de conduzir o sangue para todas as partes do nosso corpo, em especial para o próprio músculo do coração, para os rins e para o cérebro", atesta o médico. 

As DCNT são responsáveis por 63% dos óbitos no mundo e 72% no Brasil. Um terço dessas mortes ocorre em pessoas com idade inferior a 60 anos. Se o consumo de sódio for reduzido a quantidade recomendada pela OMS, por exemplo, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%.

De olho no carrinho

A professora Telma Pereira, do Curso de Nutrição do Barreiro, faz um alerta para o momento de ir às compras. "Antes de levar qualquer produto para casa, é preciso que o consumidor se mantenha atento aos rótulos e verifique se no produto existe uma grande quantidade de sódio. O melhor mesmo é preparar as refeições em casa, usando outros temperos como ervas finas, cebolinha, salsinha, limão, evitando o uso excessivo de sal de cozinha, para ter alimentos mais saudáveis", explica a professora.

Entre os alimentos processados comuns na mesa do brasileiro com alto teor de sódio, que devem ter o consumo controlado,estão os embutidos como presunto, salame, salsichas, enlatados e outros, os caldos e sopas industrializados e macarrão instantâneo e caldos de carnes. Outros exemplos alimentos ricos em sódio, que devem ter seu consumo evitado ou limitado são as carnes salgadas (bacalhau, bacon, carne de sol), queijos curados (parmesão, prato), maionese, catchup, molho de soja, azeitona, enlatados e salgadinhos tipo chips.

:: Volta ::

Secretaria de Comunicação | Recursos Humanos