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A arte de reciclar

"Sempre gostei de criar alguma coisa." Assim Cleodinéia de Assis explica a presença da arte em sua rotina. Aos 13 anos começou a fazer pintura de paisagens, mas descobriu a verdadeira vocação quando começou a trabalhar na PUC, há oito anos.

Uma palestra sobre reciclagem promovida pela Cipa despertou na funcionária da Biblioteca da PUC Minas em Contagem a vontade de transformar o que muitos consideram lixo. "Pude observar que a gente joga fora muita coisa que pode ser reaproveitada", explica. Desde então, garrafas pet, caixas de leite, papéis e papelões se transformam em flores, bonecas, caixas, carrinhos e tudo mais que a imaginação permitir. Autodidata, a auxiliar administrativa nunca fez cursos. A escola dela sempre foi a criatividade e dedicação.

Além da satisfação pessoal, o hobby virou uma fonte de renda. Hoje, Cleodineia faz decorações de festas infantis e ministra oficinas de artesanato e reciclagem na associação de moradores do bairro em que mora. "Eu dou algumas palestras e cursos para que as pessoas possam aprender com a reciclagem a ganhar a própria renda, assim como eu faço", relata. O benefício ambiental também não deixa de ser lembrado. "Além de ser uma ajuda no orçamento, eu posso tornar um ambiente mais agradável com uma coisa que iria para o lixo e demoraria anos para se decompor", argumenta.

Quem frequenta o núcleo em Contagem pode apreciar o trabalho de Cleodineia. É dela a missão de enfeitar a festa junina e fazer a decoração natalina. Todo ano, uma árvore de Natal feita com garrafas pet e um presépio são montados no prédio 4. "E eu faço para receber alegria. Tem muitos alunos que estão longe da família e quando eles veem o presépio eu acho que, de certa forma, levo um pouquinho do Natal ao coração de cada um", afirma.

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