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Paixão verde-amarela

A televisão cheia de ruído, com a imagem em preto e branco e as crianças espalhadas no chão da sala. Essa é a lembrança que Márcio Túlio Morato, da manutenção da informática da PUC Minas Virtual, tem da Copa do Mundo de 1970. Na época, com oito anos, ele assistiu aos jogos pela TV de casa, uma das poucas da pequena Pompéu. E comprou o primeiro álbum de figurinhas, que só foi completar no ano seguinte, pois o dinheiro era escasso para o pequeno jornaleiro.

O futebol sempre foi uma grande paixão, tanto pela seleção brasileira quanto pelo Cruzeiro. “Sempre acompanhei aos jogos pelo rádio, TV e já fui muito ao estádio. Para ver o Cruzeiro pela Libertadores, viajei para o Paraguai, em 1997”, lembra. Do Cruzeiro ele tem quatro camisas e da seleção brasileira ele tem a réplica da camisa comemorativa da Copa de 1958.

Do futebol ele guarda muitas lembranças boas e ruins. “Fiquei muito triste quando o Cruzeiro perdeu o Campeonato Brasileiro para o Vasco em 1974. Achei que foi um erro terrível da arbitragem. Agora, o jogo mais bonito da minha vida foi da Libertadores de 1976, quando o Cruzeiro venceu o Internacional, por 5 a 4."

Para Morato, os dois gols mais bonitos que já viu foi do Alex Talento, em 2003, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro; e no ano passado, do Everton Ribeiro contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. “Torcer por outros clubes nunca, simpatia sim, pelo Botafogo-RJ, clube do eterno Mané Garrincha (“um gênio”), e ainda pelo Corinthians paulista, do guerreiro Vladimir em 1977, fim do jejum de 20 anos sem título”, defende. Para Márcio, pode ser a melhor maneira de arranjar amigos mundo afora, apenas torcer!

Os álbuns de figurinha sempre foram um hobby especial. “Eu fiz todos os álbuns de copas, desde 1970 até hoje. Vendi todos. O mais caro que eu vendi foi o da Copa de 70, por US$ 5 mil, para um colecionador”, relata. Morato conta ainda que a brincadeira de “Tapão” (hoje “Bafo”) era a forma de conseguir muitas das figurinhas para completar os álbuns, na infância.

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