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Check-up: a importância da prevenção versus promoção da saúde

Há uma ideia disseminada na sociedade sobre a importância do check-up, como avaliação periódica, para prevenção de agravos à saúde. No entanto, essa recomendação não é seguida com rigor pela população, o que é comprovado pelo fato de que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) estão acometendo cada vez mais pessoas, apesar dos recursos diagnósticos inovadores e disponíveis.

Em 2007, aproximadamente 72% das mortes no Brasil foram em decorrência de DCNTs, tornando-se a principal carga de morbidades no País. Há uma tendência prejudicial em se adequar aos fatores de risco como: má alimentação, hábitos de vida voltados para o sedentarismo, álcool, drogas, entre outros. Isso evidencia a importância de ações que possibilitem não só a prevenção de agravos, como também a promoção da saúde .

Fortalecer os vínculos entre instituições governamentais e privadas é o caminho mais fácil para auxiliar a sociedade a enfrentar esse desafio. Nesse contexto, as principais organizações internacionais, Canadian Task Force on Preventive Health Care (CTFPHC) e a U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF), pesquisam sobre a relevância do check-up e propõem uma nova forma de se pensar nessa avaliação .

É necessário que a avaliação de saúde periódica esteja intimamente ligada às práticas de promoção da saúde, pois o check-up só atinge seu objetivo se abranger, dentro da avaliação clínica, uma pesquisa minuciosa sobre os hábitos/estilos de vida e fatores de risco da pessoa e a partir das respostas obtidas se estabelecer uma discussão individualizada buscando juntos alternativas para uma vida com mais qualidade.

A realização do check-up sem a visão da integralidade do indivíduo pode inclusive trazer riscos, pois, se não detectado qualquer problema de saúde, ele pode considerar que não há necessidade de se cuidar.

Assim, para um determinado exame ser considerado adequado para rastreamento, algumas condições devem ser satisfeitas: a doença a ser investigada deve ser importante, seja do ponto de vista epidemiológico ou pela história familiar/pessoal do indivíduo, devendo ter critérios bem claros de definição diagnóstica e de tratamento.

Por esse motivo, no seu próximo check-up, além de se propor a pesquisar com seu médico os valores de referência para os agravos mais usuais, converse sobre seu estilo de vida e veja que medidas podem ser adotadas para melhorar sua qualidade de vida.

Texto produzido pela acadêmica Claudette Oliveira Alexandrino, do 7º período do Curso de Enfermagem, sob orientação da professora Jaqueline Marques Lara Barata.

Referências:
MARTINS, Milton de Arruda. Check-up do check-up. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 3, n. 51, p. 121-132, 2005.
 
SCHMIDT, Maria Inês et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais, p. 61-94,  9 de maio de 2011 (Saúde no Brasil 4 – Séries) disponível em:
<http://download.thelancet.com/flatcontentassets/pdfs/brazil/brazilpor4.pdf> Acesso em: 10 de agosto 2012.

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