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Por um trânsito melhor

Nada de ônibus, carros ou motos. Bicicletas e os próprios sapatos são os meios escolhidos por alguns funcionários da Universidade para chegarem ao trabalho. E, com isso, eles contribuem para reduzir um pouco da loucura que tomou conta do trânsito não apenas das grandes, mas também das médias e até de algumas pequenas cidades. Estes bons exemplos são lembrados aqui no No Ponto deste mês, quando é comemorado o Dia Nacional do Trânsito – 25 de setembro.

Uma maneira rápida de se deslocar em meio ao trânsito cada vez mais complicado. Foi com esse objetivo que o funcionário da PUC Minas em Contagem Nilton Nunes Silva escolheu a bicicleta como companheira diária para ir e voltar do núcleo universitário. Ele, que atua no setor de infraestrutura, abriu mão do carro e de utilizar ônibus há oito anos. “Se utilizasse o transporte público, por exemplo, teria que pegar quatro conduções, o que seria bem mais cansativo e estressante”, afirma.

Para investir na economia de tempo e fugir do trânsito, Nilton percorre cerca de 12 quilômetros diariamente. “Meu trajeto inclui trechos no bairro Cinco e na Via Expressa”, conta.  Para ele, os benefícios vão além da economia de tempo. “Recomendo o uso da bicicleta porque, além de fugir do congestionamento, você faz exercícios físicos, o que melhora a saúde”, completa.

Já Ramon Xavier Ferreira, funcionário da Assessoria de Relações Públicas do campus Coração Eucarístico, optou por fazer parte do trajeto entre sua casa e o trabalho a pé. Ele mora na região do Barreiro e toma um ônibus para chegar até a avenida Amazonas, na altura do Expominas, trajeto que dura aproximadamente 40 minutos. Depois, segue a pé até o campus Coração Eucarístico, por cerca de dez minutos. “Quando resolvo tomar um ônibus neste trajeto que normalmente faço a pé, costumo gastar quase três vezes mais tempo”, conta.

Além da economia de tempo, Ramon também economiza dinheiro e aproveita para praticar uma atividade física, afinal, ele percorre o trajeto a pé duas vezes por dia. “Fazendo isso, chego muito mais disposto ao trabalho e em casa, ao final do dia”, conclui.

Transporte público: alternativa

Mas há aqueles que, por mais que queiram, não conseguem utilizar os meios de transporte alternativos para se deslocar até o trabalho. É o caso de Raimundo Nonato Alves, funcionário do setor de Infraestrutura da PUC Minas em Betim. Ele mora a cerca de 48 quilômetros de distância do trabalho, no bairro Guarani, região Norte de Belo Horizonte. E, há 14 anos, percorre quase 100 quilômetros diariamente entre ida e volta do trabalho todos os dias.

Nonato tem carro, mas prefere utilizar o transporte coletivo. “Usar o carro todos os dias fica muito caro. E também acredito que, se todos optassem pelo transporte público, haveria menos carros nas ruas e o trânsito fluiria melhor”, reflete.

Para o funcionário, as condições do transporte público melhoraram nos últimos anos – há mais linhas disponíveis, a frota está melhor - mas, para que todos optassem pelo transporte público, as condições dos ônibus e do metrô podiam melhorar. “De carro, gasto 40 minutos no trajeto entre minha casa e o trabalho pois venho direto. De ônibus, gasto meia hora a mais, pois tenho que pegar um ônibus até o centro de BH e outro até a PUC Betim”, conta.

Casado e pai de três filhos, Nonato sai de casa por volta das 5h40 e retorna por volta das 17h30. Ele se diz satisfeito, mas acha que, se o trânsito fosse melhor, “poderia aproveitar mais os momentos com a família”.

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