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Por onde anda o romantismo?

Será que a modernidade fez com que o romantismo mudasse de figura? Percorrendo setores da PUC Minas em Betim, foram encontrados vários casais que já não entendem o romantismo como antigamente.

Casada com seu primeiro namorado, há 42 anos, Ana Lúcia Coelho, bibliotecária da PUC Minas em Betim, atesta viver um relacionamento feliz, amparado pela confiança, o respeito e a cumplicidade. Mas assume que, desde que se casou, o Dia dos Namorados tem sido encarado pelo casal como uma data qualquer. “Já houve época em que eu recebia flores, presentes. Mas, hoje, sinto que o romantismo do Evandro é demonstrado pelo companheirismo. Quando estou mais cansada, ele assume algumas tarefas domésticas, tenta me poupar, e eu entendo que isso também é ser romântico”, conclui.

Será que romantismo é coisa do presente?

Para comparar, encontramos um casal bem jovem, com apenas quatro anos de convivência. Mariana Marino Estanislau, funcionária da Universidade, e Rubens dos Santos; ele cruzeirense e ela atleticana, aliás, ex-atleticana. “Porque eu acabei cedendo e já tenho até uma camisa do Cruzeiro”, conta. Nos corredores da Universidade, quando Rubens ainda era aluno de Direito, eles se trombaram e a flecha do cupido acertou de vez os seus corações. Ajudados por colegas, o relacionamento teve início sem muita pretensão. “Tínhamos certeza de que não era um caso que duraria por muito tempo porque éramos muito diferentes. Mas fomos aprendendo a ceder, calar, respeitar o espaço do outro, passar por cima dos defeitos e hoje temos mais afinidades do que diferenças”, relata Mariana.

Ela acredita que o relacionamento dos dois não tem muito romantismo, e, se há algum, certamente é por parte do namorado. “Ele sempre se lembra de datas comemorativas e eu sou mais esquecida. Mas foi muito bom quando, no meu último aniversário, ele me fez uma surpresa e pediu minha mão em casamento para os meus pais. Vamos nos casar até o início de 2012”, comemora.

Para Mariana, o romantismo está mesmo é na forma com a qual eles se tratam e se respeitam. “Eu sou muito carinhosa e ele é muito protetor, é meu porto seguro. Acho que isso nos torna um casal romântico”, declara.

Quem disse que não se fazem românticos como antigamente?

Aos 34 anos, Welinson Brito, biólogo e técnico do laboratório de Gestão Ambiental da PUC Minas em Betim, acredita que os 12 anos de relacionamento são dignos de roteiro de filme.

Well, como é conhecido na Universidade, é um dos poucos e loucos românticos cantados por Vander Lee, uma espécie em extinção. Ao contar a história, ele se emociona, a voz fica embargada e agradece: “Obrigado por me lembrar de tudo isso. Eu realmente não consigo mais viver sem a Fernanda”, declara.

Na sala de aula de um curso técnico, os dois trocaram olhares sem progresso durante um ano. O menino tímido, com uma paixão platônica, achava que aquela morena jamais lhe daria confiança e que só correspondia aos olhares por não entender o motivo da vigilância. Eles concluíram o curso e, somente depois de dois meses, quando pensavam que nunca mais iriam se encontrar, é que o destino os uniu novamente em um local de estágio e, com um empurrãozinho de uma colega, aconteceu o primeiro beijo.

Foram oito anos de namoro e, hoje, eles já têm quatro anos de casados, coroados com o nascimento do pequeno Arthur, de dois anos de idade.

Receita para ser um eterno namorado?

Well diz que não existe, mas que o amor deve ser alimentado cotidianamente. E, se há cumplicidade, tudo fica mais fácil. Prova disso é que, quando se preparavam para ter o primeiro filho, ele jura que sentiu o exato momento em que Arthur estava sendo gerado. E, como um bom pai grávido, ele também sentiu o mal-estar dos nove meses de gestação, enjoos, tonteiras, indisposição e, claro, também as dores do parto. “No dia do nascimento do meu filho, fui levado para o hospital, só que pela mãe dele, que iria dar à luz”, sorri envergonhado.

Além disso, Well conta que, para manter o amor, é preciso manter o elemento que uniu os dois, independentemente do estado civil. “O principal fator que fez com que nos uníssemos foi a admiração que tínhamos e ainda temos um pelo outro. Estamos envelhecendo, deixando de ser tão jovens e bonitos como éramos, mas mantemos a essência, que é mais importante que o dinheiro, o status e a beleza. Olho para Fernanda e vejo alguém com quem quero estar do lado por todos os dias da minha vida”, conclui.

E a recíproca é verdadeira. Passado o tempo, ela conta que o romantismo prevalece na relação. “Uma vez, quando tínhamos três anos de namoro, ganhei um anel de ouro no ponto de ônibus, coisa de adolescente... Mas, de todos, o mais importante dos presentes é ter a companhia da pessoa que amo, o apoio que recebo diariamente e a vida que construímos juntos a cada dia”, conta Fernanda.

Românticos
Vander Lee

Românticos são poucos
Românticos são loucos desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso
Românticos são limpos
Românticos são lindos e pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha e sem juízo


São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico é uma espécie em extinção
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu
Como eu


Ana Lúcia/Evandro, Mariana/Rubens(centro) e Welinson/Fernanda

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