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Um morador ilustre

Quem tem olhares atentos e transita pelo jardim central do campus Coração Eucarístico pode observar uma cena incomum no meio acadêmico: uma família de corujas, que habita um ninho, construído nas proximidades do Centro de Registros Acadêmicos (CRA). O animal é considerado símbolo da sabedoria, por sua alta capacidade de ver no escuro. O grupo escolheu a PUC Minas como moradia por causa das condições que o jardim oferece, como uma área verde aberta, com insetos e ratos que servem de alimento.

Segundo o professor do Mestrado em Zoologia Marcelo Vasconcelos, que é doutor em Ecologia, esse é o motivo de elas estarem lá, principalmente na época de chuva, período em que aumentam o número de mariposas, besouros e outros insetos. A ave construiu seu ninho na terra, por essa razão é chamada de Coruja Buraqueira. Ela pode ser vista durante o dia e ao entardecer, pois tem hábitos diferentes de outras corujas. “É uma das poucas que tem esse hábito diurno, já que a maioria delas é noturna. Mas essa fica acordada durante o dia, sendo mais ativa nos períodos crepusculares, como no final e começo do dia”, afirma o professor Marcelo.

O professor acredita que a coruja não se sente incomodada com a presença das pessoas e do barulho. Entretanto, quando um curioso resolve chegar muito perto do ninho, causando uma agitação excessiva, o professor afirma que esse comportamento pode estressar o animal. “Pode ser que um ou outro que esteja passando por perto dê uma olhada, uma cutucada. Isso deve incomodar sim. Agora, em relação ao movimento constante, acho que o bicho acaba se acostumando”, argumenta.

Cuidado com o ninho

A fim de evitar que a coruja e seus filhotes sofram algum tipo de ataque, o funcionário Valter Aparecido, supervisor da Divisão de Operações da Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura, plantou arbustos no entorno do ninho para proteger os animais de pessoas mal intencionados e de cachorros de rua, que podem atacá-los. Outros predadores são gaviões e corujas maiores, que também podem ser observadas no campus.

Segundo o professor Marcelo, por uma questão de sobrevivência, a coruja deve permanecer no campus, pois na área urbana, afirma, há uma maior dificuldade de ela se manter viva por causa do excesso de concreto e da falta de áreas verdes com um tamanho apropriado à sobrevivência do animal. Ele conta que a coruja só sai do campus para se alimentar de insetos atraídos pela iluminação da rua, não indo com facilidade a lugares mais distantes.

O pesquisador explica que esse tipo de coruja não é muito agressiva com as pessoas, ao contrário de outros animais da mesma família. De acordo com ele, as corujas podem ser observadas pelas pessoas que gostam de aves, desde que isso seja feito a uma certa distância e não afete a rotina dos animais.


Coruja pode ser vista no campus durante o dia e ao entardecer

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