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Em favor do parto normal

Tatiane Rebecchi Alves Prudêncio, funcionária da Biblioteca da PUC Minas no Barreiro, sempre teve vontade de dar à luz por meio do parto normal. Quando foi informada por seu médico de que não haveria essa possibilidade, já que estava com pressão muito alta, Tatiane mesmo assim insistiu e assumiu o risco, pois ainda não se encontrava no limite da 41ª semana de gravidez. Mesmo na hora do parto, em que a pressão da neném começou a oscilar, Tatiane reforçou com o médico para que o parto fosse normal. Hoje, a filha Esther tem um ano e dois meses e é um bebê saudável.

Logo após o parto normal, ela conta que nem parecia que tinha dado à luz, já que não sentiu dor e se mostrou disposta a amamentar e a cuidar dela. “Não me senti cansada. Queria a Esther ao lado da cama comigo”. Essa disposição é ação de hormônios da hipófise, que começam a ser produzidos com as contrações no processo do parto normal, o que não se presencia no caso de uma cesariana programada, explica a professora e coordenadora do Colegiado do Curso de Enfermagem da unidade Barreiro, a enfermeira obstetra Míriam Rêgo de Castro Leão.  Esses hormônios têm o papel de estabelecer o vínculo entre a mulher e o bebê, ficando a mãe com mais energia para tal fim.

As contrações advindas do trabalho de parto também estimulam a maturação final dos pulmões e a parte neurológica do bebê, acrescenta a professora. Numa cesariana, o bebê tem mais chance de estar com os pulmões imaturos e necessitar de oxigênio. A ação de hormônios também facilita a amamentação logo após o parto.

Míriam Leão ressalta ainda outros pontos positivos para a escolha pelo parto normal, como o fato de ser um evento fisiológico e não cirúrgico, com a recuperação da mulher muito mais rápida, havendo, assim, riscos menores de infecções e hemorragias.
A professora também é coordenadora do projeto de extensão Enfermagem pelo Parto Normal, que capacita pessoas para serem multiplicadores quanto à conscientização da importância desse evento. A ação integra o Movimento pelo Parto Normal, uma parceria com a Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
 Ela chama ainda a atenção para a importância de as mulheres grávidas se informarem sobre par
to para que o vejam como uma “experiência prazerosa“, discutindo com o profissional todas as dúvidas, como a posição, técnicas de alívio da dor, corte ou não do períneo, direito a acompanhante, entre outros pontos.
           
Humanização

O projeto apoia e defende a adoção do parto normal humanizado, em que a parturiente pode e deve ter acesso às intervenções médicas, mas, sobretudo, que ela tenha o poder de escolha para se tornar protagonista do seu parto, podendo conhecer e escolher a instituição antes da internação, as posições, o acompanhante, ter direito a tomar líquidos e a caminhar.

A humanização do parto tem a ver com a qualidade do atendimento e não com a ausência das intervenções médicas, como explica a professora: “Não somos contra essas interferências médicas. Apenas defendemos que elas sejam utilizadas de forma apropriada, com indicação e não como rotina, e que a mulher seja bem tratada, ouvida e chamada pelo nome pela equipe de saúde, tendo acesso a métodos diversos para aliviar a dor.

Nós defendemos uma experiência da qual a mulher participe ativamente, uma experiência prazerosa e fortalecedora para ela como mulher”, diz ela.


Tatiane, da Biblioteca da unidade Barreiro, e sua filha Esther

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