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Cresce consumo de álcool no Brasil

O uso abusivo do álcool aumentou entre os brasileiros. Entre 2006 e 2009, passou de 16,2% para 18,9% da população. No ano passado, 28,8% dos homens e 10,4% das mulheres exageraram nas bebidas, segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados no dia 21 de junho, pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o levantamento, o consumo abusivo é mais frequente entre os jovens de 18 a 24 anos (23%). O Ministério da Saúde considera uso excessivo de bebida alcoólica o consumo de cinco ou mais doses, no caso dos homens, ou de quatro ou mais, no caso das mulheres, na mesma ocasião, e em um mês.

“Há outras pesquisas, também em nível nacional, que apontam que, ao contrário do que muitos pensam e afirmam, a porta de entrada para as drogas não é a maconha, e sim, o álcool. E aprende-se a beber na adolescência, com os próprios familiares. Na adolescência, principalmente, o convívio grupal é muito importante. O álcool torna-se um instrumento de articulação grupal.

Qual é a dificuldade das famílias em realizar festas e eventos sem álcool? "Para muitos, isto é inviável e até ridículo”, comenta Lívia Pires Guimarães, coordenadora e professora do curso de pós-graduação lato sensu em Dependência Química, ofertado pelo Instituto de Educação Continuada (IEC PUC Minas). No dia 26 de junho foi comemorado o Dia Mundial de Combate às Drogas.

Tolerância
Ela chama a atenção para a diferença entre o abuso de bebida alcoólica e o alcoolismo, considerado uma doença. “Nossa sociedade, e muitas vezes até profissionais de saúde, ainda não assimilaram o alcoolismo como doença e não o tratam como tal. Ainda olha-se para o sujeito alcoolista com discriminação. Ao mesmo tempo, a sociedade ainda é tolerante com o uso e até mesmo o abuso da bebida”, explica a professora, para quem o diagnóstico de dependência deve ser feito a partir de um exame clínico. Apesar disso, ela diz que vale ficar atento quando, em várias situações, a pessoa não consegue se imaginar sem consumir bebidas alcoólicas, como em festas, diante de situações de conflito ou mesmo nos finais de semana.

A professora avalia que as consequências do abuso, tanto sociais quanto profissionais, são “grandes”. “O dependente prefere consumir a substância do que namorar, estudar, trabalhar, ir ao cinema. Em um momento posterior, as consequências ficam mais graves, na medida em que o dependente até quer esses momentos, mas não consegue, dada sua fragilidade física e psíquica”, esclarece. 

Papel da família
No momento em que as consequências ficam mais graves, explica ela, o papel da família torna-se fundamental, já que o usuário tem dificuldades de enfrentar a dependência sozinho. “O primeiro passo para a recuperação no alcoolismo está na aceitação do problema, tanto pela família como pelo próprio usuário. É uma doença do sujeito, mas torna-se uma doença familiar, tendo em vista que atinge e envolve a todos”, afirma. A professora lembra que existem serviços de atenção à saúde, profissionais clínicos e até mesmo os Alcoólicos Anônimos (AAs), que estão preparados para receber os casos. “E como em toda doença, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil o tratamento”, finaliza.


Estudo aponta quatro doses de álcool abuso para mulheres

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