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Da manutenção ao microfone

A música está presente no dia a dia da maioria das pessoas, seja para distração, diversão ou para momentos de reflexão. Mas, para Diogo de Souza, funcionário na Infraestrutura da PUC Minas Betim, a música tem um papel fundamental em sua vida. Além do serviço prestado no Campus, Diogo trabalha como cantor e compositor.

Tudo começou quando ele ainda era criança e fazia aulas de canto em uma instituição beneficente de seu bairro. “Desde pequeno, quando minha mãe colocava os DVD’s de artistas da época, eu ficava maravilhado. Já pensava que era isso que eu ia seguir. Minha mãe percebeu meu interesse e eu iniciei as aulas no Instituto Casa Santa. Comecei a ganhar mais noção musical e, por meio desse instituto, cantei em vários lugares como São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia e Inhotim. Foi a peça-chave para saber que era isso que eu queria para o resto da minha vida”, relembra.

O trabalho de Diogo começou a repercutir em 2019, quando ele trabalhava como jovem aprendiz pela Cruz Vermelha na PUC Betim e começou a gravar alguns covers de músicas que gostava para publicar nas redes sociais. “Os vídeos acabaram chegando em nomes como Vanessa da Mata, Djonga, Barão Vermelho e Liniker, o que me deu bastante força para continuar gravando”, conta o cantor.

Sua ideia de compor profissionalmente surgiu quando ele percebeu que grandes musicistas o haviam notado. “Desde 2015 eu usava a composição como forma de desabafo. Em 2020, em meio à pandemia e com os sentimentos à flor da pele, pensei: ‘por que não mostrar essas composições para alguém?’. E, felizmente, deu supercerto. Hoje tenho quatro singles, quatro feats, e uma composição com meu nome”, conta. No final de 2020, o artista teve a oportunidade de lançar sua primeira música totalmente autoral intitulada Quando Vai Gostar de Mim? E, assim, ele entrou de vez para o mundo da música.

 

Somando as plataformas digitais e o YouTube, Diogo já acumula quase 50 mil visualizações. Além disso, ele recebe inúmeros convites para shows, e se apresentou em eventos como o 29º Concerto Contra o Preconceito, onde cantou no mesmo palco que Sandra de Sá. “São essas conquistas que cada dia mais me dão força para continuar fazendo o que eu amo. A PUC foi uma grande porta que se abriu para mim, pois sempre tenho várias oportunidades de cantar por aqui, mostrar meu trabalho e divulgar meus projetos autorais. Além disso, a música me leva a conhecer lugares e pessoas incríveis”, relata.

Em seu tempo livre, Diogo se dedica à música. Ele deixa os finais de semana reservados para completar sua agenda de shows. Seu trabalho na Infraestrutura da Universidade é vespertino, então na parte da manhã ele organiza sua agenda, compõe, administra suas redes sociais e divulga seus trabalhos. “Costumo falar que meu amor pela PUC e pela música são divididos, 50% para cada. Por mais que a música seja um sonho de criança, a Universidade abriu e ainda abre muitas portas para mim, profissionalmente falando”, conta o funcionário.

Em alguns momentos, a união destes dois universos se concretiza na vida de Diogo. É o caso do 2º Festival de Primavera PUC Minas, que premiará alunos, professores e funcionários da Universidade nas categorias canção, artes visuais e literatura e que conta com a participação de Diogo. “Quero levar toda a essência das minhas composições para a minha apresentação. Sempre gostei de ser sincero e trazer temas que as pessoas geralmente não têm coragem. É sobre ser intenso, sobre ter medo e sobre se perder. Essa essência vem principalmente da crise dos 20, quando a gente se vê perdido e com muito medo da vida adulta, que ainda não estamos acostumados. Estou muito confiante e espero que dê tudo certo”, conclui o artista.

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