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Quantas vezes na vida você já conheceu alguém com uma característica especifica que chamou sua atenção? E se esse fosse o ponto de partida para retratar alguém através da arte? É justamente isso que Quezia Santos, funcionária do Setor de Segurança do Campus Contagem, faz. Desde a época da escola, ela se encontrou nas caricaturas e segue criando representações das pessoas em forma de arte.
Sua relação com a caricatura começou de forma despretensiosa, em 2014. Quezia se recorda de como foi esse processo. “Eu ia para a casa do meu tio, que tinha internet, escolhia as caricaturas que eram mais legais e reproduzia em outro papel”. No mesmo ano, aconteceu uma situação que marcou muito a trajetória da artista. Ela viu uma caricatura do Ronaldinho Gaúcho, que atuava, na época, no Clube Atlético Mineiro, e decidiu reproduzir imprimindo seus traços. Ela ficou feliz com o resultado e sentiu confiança para retratar pessoas próximas. Começou na escola, fazendo caricaturas de seus professores. A funcionária possui fresco em sua memória o espanto da professora de Sociologia vendo o resultado de sua representação. “Caricatura nem sempre é para mostrar o que é bonito, mas é realmente para escancarar características”, afirma a artista.
Por diversas razões, Quezia se afastou da arte por um tempo. Mas em 2017, após comprar um celular mais moderno, sentiu-se motivada para retornar aos desenhos. Nesse período, segundo ela, a sua arte estava mais voltada para um estilo mais delicado, o que a deixava insatisfeita. Então, em 2020, ela chegou à conclusão: “Quero fazer caricaturas, com a minha personalidade”.
Atualmente, ela se conecta com o outro através de suas produções artísticas. Segundo ela, suas caricaturas significam “a pessoa, tudo que ela representa na arte e para mim”. Nesse sentido, ela conta que seu olhar para as pessoas mudou após se aprimorar na arte de retrata-las de forma pouco convencional. “Se trata da delicadeza de ver a pessoa como ela realmente é”, conta.
No quesito referências, dois artistas de Minas Gerais inspiram suas produções. O primeiro deles é Thiago Bertoni, do Triângulo Mineiro, que publica suas caricaturas no Twitter. Já o segundo é conhecido como Cameleão, de Belo Horizonte, e utiliza as redes sociais e também seu site pessoal para divulgar suas artes.
Quezia também compartilha suas caricaturas na internet, através de publicações em seu perfil pessoal no Instagram. “Eu gosto muito de ver a reação de alguém com uma caricatura minha na mão. Então é um momento de me reconectar com o outro”, comenta a artista sobre esse sentimento de troca. “A arte não é feita apenas por mim, é por mim e pelo olhar do outro”, conclui.
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