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Em nome da boa convivência

Dizem por aí que gentileza gera gentileza. Pequenos gestos como um abraço, um sorriso ou uma palavra podem melhorar o dia de alguém. Mas tratar as pessoas com cordialidade não é a única atitude que faz bem ao convívio com o próximo. Preservar a limpeza de espaços comuns, não usar o estacionamento prioritário ou ocupar mais de uma vaga são atitudes cotidianas que colaboram para o bem-estar coletivo.

A professora Rebecca de Magalhães Monteiro Lopes, da Faculdade de Psicologia, ressalta que respeitar normas sociais que são relacionadas ao bem comum é uma forma de exercer a empatia. “Mesmo que eu pense ‘preciso estacionar na vaga de deficiente por apenas cinco minutos, isso não vai atrapalhar ninguém...’ sabemos que nesses cinco minutos pode chegar algum deficiente que vai precisar da vaga”, exemplifica. O mesmo acontece quando, por exemplo, furamos uma fila com a intenção de poupar tempo. “Hoje eu posso ter desrespeitado uma regra e ter atrapalhado a vida de alguém, no entanto o contrário também acontece. E só assim percebemos a importância da empatia”, pontua Rebecca.

E por que é tão importante exercê-la? Porque a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e, dessa forma, deixar de olhar apenas do seu próprio ponto de vista. “Pensando na sociedade em que vivemos, a empatia é fundamental para respeitarmos uns aos outros, pois assim somos convocados a refletir sobre o bem comum, deixando de considerar apenas os meus próprios interesses. É preciso oferecer ferramentas para que as pessoas desenvolvam bons hábitos. Por isso que as pequenas ações do dia a dia regradas de gentileza, empatia e respeito pelo bem comum são tão fundamentais para a consolidação de uma sociedade que prima pelo bem-estar coletivo e consequentemente pelo bem-estar individual”, explica.

A experiência da Varanda da Pastoral

Se gentileza gera gentileza, como em uma corrente do bem, os seus benefícios se espalham. “Aprendemos muito com exemplos, por isso as práticas de boas ações podem, sim, influenciar o comportamento alheio”, ressalta a psicóloga. Um bom exemplo é a experiência da Varanda da Pastoral. O espaço funciona no formato de autosserviço. Há duas funcionárias responsáveis pela reposição dos produtos e manutenção do espaço, mas é o próprio cliente que se serve, faz o pagamento, e lava os utensílios utilizados, como pratos e xícaras. Ou seja, depende do senso de coletividade das pessoas para que o estabelecimento funcione.

E tem funcionado. Cícera Botelho Frazão, coordenadora da Pastoral Universitária, relata que em quase seis meses de funcionamento desde a sua inauguração, a experiência tem sido gratificante, embora tenha sido difícil no início. “Tínhamos, nos três primeiros meses, um caderno onde era possível deixar débitos ou créditos para quitar depois. Ao longo do tempo, notamos algumas pessoas que sempre anotavam os débitos, mas não voltavam para acertar e, infelizmente, hoje a prática de anotar para pagar depois não é possível mais. O número é baixo, mas significativo”, conta.

Cícera destaca que a colaboração dos alunos, professores e funcionários é fundamental para o funcionamento da Varanda. “Cada um fazendo sua parte, temos a certeza da longevidade de um espaço que quer ser a ajuda para muitos que, às vezes, não tem condições financeiras para arcar com um lanche em outras lanchonetes. Além de uma prática que favorece uma economia solidária, a Varanda é espaço propício de evangelização, boas conversas, encontros produtivos e amizades duradouras”, afirma.

Conservando o espaço comum

Sabe aquela plaquinha escrita “não pise na grama”? Pois, muita gente a ignora. Joseph Gerlin, responsável pela jardinagem no Campus Coração Eucarístico, relata que é comum as pessoas usarem os canteiros como atalho para cortar algum caminho. Outro problema relatado por ele é quando as pessoas, na intenção de ajudar, molham as plantas. “Elas não fazem por maldade, mas não é o ideal porque cada planta tem uma necessidade específica. Algumas precisam de mais água, outras menos. Já temos os funcionários que cuidam disso. Por isso, não é ideal jogar água nas plantas”, explica. E, embora a beleza das flores encante, elas não devem ser arrancadas, mas contempladas no próprio jardim onde estão plantadas.

Se encantar, inclusive, é o conselho de Mariléia Francisco, supervisora do Setor de Limpeza e Conservação do Campus Coração Eucarístico, que atualmente conta com 152 funcionários. “Ao adentrar na Universidade se encantem! Percebam o quão limpa e agradável ela é. Entendo que faz parte da percepção o ato de identificar o ambiente em que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar dele. Nossa tarefa enquanto Setor de Limpeza é limpar os ambientes, mas, mantê-lo limpo e conservado é tarefa de todos nós”, afirma.

Empatia em tempos de pandemia

Há mais de dois anos, o mundo enfrenta a Covid-19 e também suas consequências em diversos aspectos – sociais, econômicos, emocionais, entre outros. E nunca dependemos tanto do outro, afinal, só é possível conter a disseminação do vírus se cada pessoa pensar coletivamente e seguir as normas sanitárias em prol do bem comum. “A gentileza ganhou ainda mais importância nesse contexto pandêmico, pois foi preciso se colocar mais no lugar do outro e pensar mais em um bem comum. Assim, hábitos individuais se transformassem em um hábito coletivo. Portanto, a gentileza pode contribuir para a construção de uma sociedade mais empática”, explica a professora Rebecca.

Nesse cenário pandêmico, também é uma atitude respeitosa com as pessoas usar máscara adequadamente, pontua o professor Martinho Campolina Rebello Horta, diretor do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS). “Também é imprescindível que todos os membros da comunidade universitária continuem relatando sua situação à Equipe de Vigilância Epidemiológica por meio do aplicativo Covid-19 - Autoavaliação sobre seu estado de saúde atual, sempre antes de se deslocarem à Universidade, mas também a qualquer momento, sobretudo diante de diagnóstico positivo, contato ou sinais e sintomas”, reforça.

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