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São 82 anos de vida e 43 dedicados a um mesmo lugar, o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC Minas. Rubens Miranda guarda na memória a data do início da sua jornada na Universidade, 20 de março de 1979, quando foi contratado para ser o responsável pelas lâminas de análise de material celular. Desde então, ele dedica o seu tempo de trabalho na preparação das aulas práticas no Laboratório de Citologia e Histologia e auxílio aos professores e alunos durante as atividades. “Nunca trabalhei em outro setor”, ele conta.
Todos esses anos de empenho acumularam lembranças, como do crescimento do laboratório. “Quando eu cheguei, o laboratório era no prédio 25 no andar térreo. Mais tarde, por causa do grande número de alunos, passou para o terceiro andar por ser um laboratório maior. Eu tinha muito prazer em participar das aulas por causa da parceria que havia entre mim e os professores e entre mim e os alunos”, conta. Desta parceria, surgiu o apelido pelo qual ele é identificado até hoje no ICBS: Rubinho. “Além do apelido carinhoso que ganhei, enquanto existiu o curso de Técnicas Histológicas, que foi ministrado durante 25 anos, sempre fui homenageado pelas turmas”, orgulha-se. Atualmente, o curso de Técnicas Histológicas não existe mais, e hoje o laboratório está no prédio 23, mas Rubinho continua com sua missão. “Continuo preparando lâmina para as aulas e ajudando alunos que estão fazendo mestrado”, explica.
Mesmo após tantos anos com a mesma rotina, o amor por seu ofício segue vivo. “Tenho prazer em falar do meu trabalho. É muito bom fazer uma técnica e ver uma lâmina bonita, outras vezes você faz uma técnica e não dá certo, você vai tentando até sair perfeito. Tem momentos que colegas de outros departamentos me procuram pedindo ajuda na realização de algum procedimento e aí acontece uma troca gratificante”, conta ele, que completa afirmando ter encontrado na Universidade “um ótimo ambiente de trabalho e amigos que levo para a vida, que me ajudaram a crescer nos aspectos profissional e pessoal”.
Além dos colegas de trabalho, as centenas de alunos que Rubinho auxiliou também tem um lugar especial em sua memória e em seu coração. “Teve uma vez que uma ex-aluna veio ao laboratório, toda feliz, para apresentar a sua filha que estava iniciando o Curso de Biologia. Já tiveram momentos em que eu estava em um shopping ou supermercado e algum ex-aluno veio me abraçar, contando que lembra com saudade das aulas no laboratório de Histologia. Hoje dá para ver o quanto a PUC cresceu, o quanto ela fez e faz parte de tantas vidas, o quanto é referência de ensino não só dm Minas, mas como no Brasil. E eu tenho orgulho de fazer parte da história da Universidade”, afirma.
Ainda que não tenha feito um curso de graduação, Rubinho sempre buscou aprimorar seus conhecimentos por meio de livros, cursos e trocas com professores e colegas. “Sempre contribuí com um trabalho de excelência. Sempre procurei fazer o meu melhor, nunca me dei por satisfeito. A Universidade sempre me deu ótimas condições de trabalho, laboratório muito bem equipado, me incentivando a fazer o meu melhor”, pontua.
Tantos anos de dedicação se traduzem para ele em gratidão. “Fazer parte de uma Universidade tão importante é no mínimo gratificante. Sou grato por toda oportunidade de crescimento e desenvolvimento que ela me proporcionou. Sou grato por todo carinho e apoio que sempre recebi de todos os colegas. Sou grato por ela ter me dado condições de cuidar da minha família. Sou grato a ela por ter me dado a oportunidade de ser o profissional que sou”, ele afirma, ao contar que sua filha se formou no Curso de Serviço Social na Instituição.
Mas, laboratórios, lâminas e aulas não são suas únicas paixões. “Quando estou fora da Universidade gosto de ficar com minha família, curtir meus bisnetos, assistir a um bom filme e estudar inglês”, conta.
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