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Diabetes: cuidado nunca é demais

Sede e fome excessivas, cansaço e vontade frequente de urinar. Todos esses sintomas são sinais do Diabetes, doença que já acomete cerca de 16,8 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes. A fim de promover um momento de aprendizado e conscientização, ficou definido pela Federação Internacional de Diabetes (FID) que o dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. No Brasil, o dia é também marcado pela luta de Combate Nacional ao Diabetes.

O Diabetes é uma doença metabólica crônica que promove a escassez ou a ausência completa da insulina em nosso organismo, hormônio que é essencial ao equilíbrio do nosso corpo. “É a insulina que permite que a glicose entre nas nossas células, e é a partir desse processo que iremos adquirir a energia que precisamos para funcionar corretamente”, explica o médico Fernando Botoni, professor do Curso de Medicina da PUC Minas Betim.

Existem dois tipos principais de Diabetes. O tipo 1 é quando nosso corpo desenvolve anticorpos que impedem a produção de insulina. Desse modo, existe a escassez absoluta do hormônio em nosso corpo. Já o tipo 2 está relacionado ao ganho excessivo de peso e aumento das nossas células, o que acarreta uma produção maior de insulina pelo nosso corpo. Porém, com o tempo, essa produção cai progressivamente, causando alterações em nosso sistema. É necessário, então, o tratamento.

Apesar de conhecidos, muitas vezes os sintomas do diabetes são leves e a pessoa acaba não se dando conta de que tem a doença. Foi o que aconteceu com a funcionária Marilene Ferreira da Silva, da equipe da limpeza do Campus Betim. Ela conta que descobriu que tinha diabetes há cerca de 15 anos, quando fez um exame de rotina. “Nessa época eu cheguei a engordar muito e era também sedentária. Até que um dia, no meu trabalho, eu passei mal por conta da pressão alta, e o médico da empresa me pediu alguns exames de rotina. O resultado foi que eu já estava com diabetes”, relata.

Marilene possui diabetes Tipo 2, que atinge cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com a doença. “No mesmo dia em que eu mostrei o resultado positivo para o meu médico, ele já me disse para começar o tratamento, que eu faço até hoje”.

Para Marilene, o diagnóstico causou surpresa. “Eu achava que diabetes era hereditária, e ninguém na minha família tem. Além disso, eu tinha cerca de 33 anos, e me achava muito nova para ter diabetes. Então, foi muito uma surpresa muito grande”.

O diabetes está presente na vida de Marilene de duas formas. Sua filha, hoje com 20 anos, desenvolveu aos sete anos de idade a Diabetes Tipo 1, comum em crianças. A funcionária da PUC Betim conta que a filha foi diagnosticada pouco tempo depois do próprio exame positivo: “Com ela eu não fiquei tão surpresa, porque eu já conhecia a doença, mas fiquei bem mais assustada.” Isso porque, para a filha de Marilene, o tratamento se dá por meio da injeção diária de insulina. “Uma coisa é a gente tomar comprimido e outra é você injetar algo em você quatro vezes ao dia. E na época eu não sabia como lidar com a situação, não conseguia nem mesmo injetar a insulina na minha filha. Foi a minha irmã quem teve a coragem de aprender e me ajudou muito no início”, conta Marilene.

O acesso à informação é outro importante pilar na prevenção, combate e mesmo cuidados com o diabetes. Marilene conta que, antes de descobrir o diagnóstico, não conhecia a gravidade e os processos que envolvem a doença. “Antes eu não sabia nada, não tinha conhecimento nenhum. Foi só depois do meu resultado que eu passei a conhecer e pesquisar sobre o assunto”, relata. “A minha médica me colocou em um grupo de mães com filhos diabéticos, e uma sempre ajudava a outra. Saber mais me ajudou muito, e hoje sou eu quem ajuda outras mães e elas ficam mais tranquilas. É muito gratificante saber que eu pude ajudar alguém da mesma forma que eu fui ajudada”, completa a funcionária.


Prevenção é sempre a melhor opção

Mas, como combater o diabetes? De acordo com o professor Fernando, a principal medida para prevenção do diabetes é o controle estrito e rigoroso da glicose no nosso sangue, o que pode ser realizado por meio da adequação entre nossa dieta e o consumo de energia. “Antes de qualquer tratamento medicamentoso, é necessária a mudança de hábitos, pois, dessa forma, as pessoas conseguem diminuir os riscos da doença em um longo prazo e manter o seu projeto de anos vividos”, comenta o médico e professor.

Alimentação controlada e prática diária de exercícios físicos. Esse é o “segredo” para mantermos nosso índice glicêmico controlado e o diabetes em um cenário inalcançável. Soa como algo simples na teoria, mas na prática, não é assim tão fácil. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% das pessoas que recebem o diagnóstico de pré-diabetes – estágio da doença que tem mais chances de ser revertido – acabam por desenvolver a patologia, de fato. “Mudar de hábitos é difícil, não são todos que conseguem. Requer muita disciplina”, relata o professor Fernando.

Para Marilene também não foi fácil. Ela conta que precisou mudar radicalmente seus hábitos alimentares, e vem tentando manter uma rotina de exercícios: “Foi difícil, nós temos sempre a mania de querer tudo o que não podemos. Mas hoje eu já não como arroz, macarrão, suco de pacotinho e nem refrigerante. Minha alimentação é à base de frutas, verduras e carnes”, diz. Além disso, ela relata que a alimentação também foi um desafio para a dieta da filha: “É muito difícil controlar a alimentação de uma criança com diabetes. Por conta da escola e dos amiguinhos, ela não entendia muito bem as restrições na época”, diz.

Apesar de difícil, o combate e prevenção ao diabetes é algo que está em nossas mãos: as consultas de rotina e a realização dos exames de prevenção são fundamentais para mantermos o controle do funcionamento do nosso corpo. Aliado aos bons hábitos alimentares e uma prática de exercícios adequados, o diabetes não precisa ser pauta na sua vida.

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