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Engana-se quem pensa que pausas no expediente são inimigas da produtividade. Breves intervalos podem ser, na verdade, grandes aliados na redução do estresse diário e na composição de uma rotina repleta de reuniões — especialmente as virtuais, que se tornaram comuns no período pandêmico. É o que concluiu um estudo recente desenvolvido pelo Laboratório de Fatores Humanos da Microsoft, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
A pesquisa comparou a atividade das ondas cerebrais em voluntários que assistiram a sessões de reuniões virtuais em duas dinâmicas diferentes: com e sem pausas entre um compromisso e outro. Os resultados evidenciaram que os intervalos reduzem o acúmulo de tensão, aumentam o engajamento dos colaboradores com a organização e minimizam os picos de estresse no organismo.
O entendimento corrente da Psicologia vai ao encontro das conclusões do estudo. A professora Regiane Quinteiro, coordenadora do Curso de Psicologia da PUC Minas Poços de Caldas, avalia que intervalos são bem-vindos para quem precisa se dedicar por horas seguidas a tarefas de estudo ou trabalho. “As pausas entre as tarefas são importantes para que se possa descansar, fazer um alongamento, cuidar do corpo físico e também dos processos de atenção e concentração”, aponta.
Como programar as pausas
Não há uma fórmula única para a organização dos intervalos, mas algumas orientações gerais podem ser úteis. A professora Regiane recomenda que se observe o ritmo e a rotina de cada pessoa, levando em conta as possibilidades que cada ambiente de estudo ou trabalho oferece. Quase todo mundo tem uma faixa do dia em que se sente mais disposto e produtivo, por exemplo. Uma boa opção é destinar estes horários às tarefas que exigem mais concentração, reservando cerca de 10 ou 15 minutos para uma pausa quando necessário.
Durante o intervalo, sempre que possível, é interessante mudar de ambiente. Dar uma volta ajuda a arejar a mente e permite que o cérebro se recomponha. O estudo da Microsoft mostra quão relevante é este estado, análogo à reiniciação de uma máquina. Para quem está em regime remoto, chegar a este ponto é um desafio, pois muitas pessoas não conseguem estabelecer limites claros para o trabalho dentro de casa.
“É um momento em que precisamos ter atenção com o nosso autocuidado e saúde mental, olhando para cada situação e pensando no que é possível fazer dentro de cada contexto e história de vida”, recomenda a professora Regiane. Neste sentido, cabe um alerta: a depender do indivíduo, a excessiva exposição às telas e a hiperconectividade podem ser gatilhos para processos ligados à ansiedade. Conhecer e respeitar os próprios limites é fundamental.
Adaptação e equilíbrio
Adriana Assenço, responsável pela área de Recursos Humanos no Campus Poços de Caldas, é uma das funcionárias da Universidade que participam de reuniões e videochamadas com frequência. Ela avalia que o contexto atual traz, de fato, alguns desafios. “Em meio a toda esta situação pandêmica que estamos enfrentando, é preciso muito cuidado para que o dia a dia profissional seja organizado com leveza. Foi necessária uma adaptação, de certa forma imediata, em nossas rotinas, que causou em muitas pessoas momentos de ansiedade”, comenta.
Uma das soluções, em sua visão, passa pelo “jogo de cintura”. Ela julga saudável e produtiva a consciência de que, muitas vezes, não é possível seguir com o que foi planejado para um determinado dia. “E está tudo bem”, ressalta. O tripé composto por trabalho, descanso e lazer requer senso de adaptação e o equilíbrio, para Adriana, é a melhor alternativa.
A partir da pesquisa feita pela Microsoft, foram elaboradas algumas dicas. Entre elas, destacam-se a inclusão de atividades relaxantes nos momentos de pausa, a avaliação criteriosa dos assuntos que de fato requerem reuniões e uma mudança ampla de mentalidade, de modo a programar intervalos na rotina sem medo de que isso comprometa a produtividade. Leia mais sobre o estudo no site da Microsoft.
Secretaria de Comunicação | Recursos Humanos