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O poder da resiliência

Neste momento de enfrentamento da pandemia de Covid-19, temos sido desafiados em nossa capacidade de resistir e nos reinventar. A resiliência expressa a capacidade do ser humano em lidar com situações difíceis, de superar desafios e sobreviver às crises.

De acordo com a psicóloga e professora do Curso de Psicologia Danúbia Godinho Zanetti, o autoconhecimento apresenta-se como uma possibilidade de superação das adversidades e de maior aprendizado no momento de turbulências. “O autoconhecimento possibilita o encontro com as nossas potencialidades e os nossos limites. Com o processo contínuo de autoconhecimento a pessoa vai enxergando as suas características, vai fazendo a experiência de sentir, de escolher e de perceber o seu mundo interior. Passamos por diferentes momentos ao longo da nossa existência e esses nos convocam o tempo todo para uma resposta”, explica Danúbia. “Quando estamos em ‘sintonia’ com o que nós somos, nos fortalecemos e buscamos saídas, mesmo quando há um imprevisto”, afirma. No contexto da pandemia esse fenômeno ficou mais claro. “As pessoas se reorganizaram interna e externamente. Construíram estratégias para esse novo momento. O autoconhecimento proporciona, paulatinamente, um equilíbrio e uma inteligência emocional”, completa.

 Mas é possível aprender a ser resiliente? De acordo com Danúbia, não existe uma única ou a melhor estratégia. Cada pessoa encontrará o seu caminho,mas podemos refletir a partir de algumas opções. “A terapia é um bom espaço para o encontro com o mundo interior. Quando falamos acessamos o nosso mundo vivencial, conseguimos identificar os nossos conflitos e as nossas contradições. Podemos ser quem realmente somos e atribuir sentidos singulares ao mundo”, enfatiza. Há também o desenvolvimento da inteligência emocional, que é a habilidade para estar bem consigo mesmo e saber lidar com suas emoções e sentimentos. “É o equilíbrio emocional diante dos fatos da vida cotidiana. Estar aberto para o novo proporciona acesso à forma como se está, ao mesmo tempo que convida para a mudança e para a flexibilidade diante das escolhas pessoais e coletivas”, explica a psicóloga. Um terceiro ponto é o desenvolvimento de competências socioemocionais. “A inteligência emocional potencializa esse campo. Ao conhecer meus limites e possibilidades me permito estar com o outro de maneira mais empática, mais solidária e mais compreensiva, sem me perder e sem me diminuir como pessoa. Ambos crescem e se respeitam nas semelhanças e nas diferenças”, afirma. 

De acordo com Danúbia, a resiliência é aprendida à medida que interagimos com o mundo e que percebemos nosso espaço e papel. E há um ponto importante: “O entendimento da condição pessoal enquanto estado, o que significa que nem sempre fomos assim e que não estamos fadados a continuarmos nesse ponto. Enquanto estado, a pessoa está em um devir-a-ser, sempre em construção, portanto, há espaço para mudanças, para novas escolhas e para uma nova forma de perceber, de sentir e dar respostas”. 

Resiliência no trabalho

O ano de 2020 foi marcante no que tange às mudanças no mundo do trabalho. Pesquisa realizada pela ADP Research Institute, no fim de 2020, em 25 países em todo o mundo, incluindo o Brasil, mostra que mudanças relacionadas ao maior uso de tecnologia, migração para o trabalho virtual, diminuição de jornada e incentivo a tirar férias antecipadas afetaram 97% dos trabalhadores. Em comparação com o estudo anterior, realizado em 2018, a porcentagem de funcionários resilientes em nível global diminuiu um ponto percentual. Enquanto no Brasil, a taxa de trabalhadores altamente resilientes subiu um ponto, e chega a 16%.

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