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Convivendo com o excesso de tecnologia

No mundo de hoje, a internet se tornou parte indispensável na rotina das pessoas, uma vez que é por meio de dispositivos, como o celular, que se acessa as redes sociais, canais de notícias, se escuta músicas e ainda se conecta com diversas pessoas, tanto do ciclo social quanto do trabalho. São as facilidades da vida moderna que a tecnologia foi capaz de trazer e que grande parte das pessoas utiliza de forma despreocupada. Mas, será que esses acessos às telas são, de fato, inofensivos para nós? De acordo com o professor Robson Cruz do Curso de Psicologia, o nosso corpo não foi preparado para receber tanta informação e isso pode causar sérios problemas. “A gente vive a ilusão diária de que esses processos psicológicos básicos, como nossa atenção e concentração, são infinitos, que não se esgotam. Mas não são, eles requerem gastos físicos e são finitos”, ressalta.

Ainda de acordo com o professor, vivemos em um momento de grande estímulo por todos os lados, mas que não temos ideia do quanto desgastamos o nosso corpo com essas interações. “O nosso organismo não foi preparado para absorver de maneira saudável a quantidade de informação que a cultura diariamente nos oferece e isso afeta diretamente o nosso corpo, como gastos físicos de energia e problemas na atenção e na nossa memória”, explica. 

A assistente do Centro de Serviços e Carreiras da Unidade Praça da Liberdade, Gabriela Queiroz Altino Silva, revela que sentiu algumas alterações psicológicas com o uso constante das redes. “A concentração é impactada, por que você está com o telefone todo o tempo do seu lado e as informações que você precisa podem estar lá”. Por isso, para conseguir lidar melhor com o bombardeio de informações, ela conta que começou a ser mais seletiva na hora de acessar às redes. “Apesar de sempre estar com o celular na mão, eu passei a me policiar mais em relação ao acesso e ao que eu buscava na rede social. Tento sempre entrar e ver exatamente o que procuro, ao contrário do que fazia antes, em que eu olhava tudo que estava se passando por ali”, comenta.

 

O professor Robson acredita que saber lidar com a informação é primordial para um uso saudável e que para conseguir lidar bem com as tecnologias, é necessário entender que essa relação não é natural. “É preciso assumir que o uso de tecnologia envolve não só coisas boas, mas também envolve perdas intelectuais, das relações e de tempo”, diz. Além disso, ressalta a importância de se conversar sobre isso, desde cedo, no ambiente escolar, para evitar dependências no futuro. “Assim como deveríamos ter educação financeira na escola, deveríamos ter psicoeducação tecnológica”, argumenta. Além disso, reforça o quão difícil é para as pessoas que já têm dependência conseguirem se desvirtuar do meio online, principalmente sem ajuda. “É muito injusto dizer para as pessoas que elas devem usar menos as redes, ter esse espaço, e não fornecer auxílio psicológico, por exemplo. Isso pode gerar frustações e culpa, o que pode acarretar uma dependência ainda maior da tecnologia”, acrescenta. 

Na tentativa de ter um melhor controle de seu tempo e dos acessos às redes sociais, Gabriela utiliza uma ferramenta disponibilizada pelo próprio dispositivo para alertá-la sobre o tempo gasto no celular. “Hoje, por exemplo, eu coloco um limite de tempo no meu celular por dia e ele me avisa quando eu atingi esse tempo utilizando a rede social. Acho importante para que eu não fique presa na enxurrada de informações que ali existem, porque, se eu for olhar tudo que está lá, é capaz de passar o dia inteiro olhando para ele”, diz.

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