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Dia das Mães: Isolamento que aproxima

Pelo menos 4,5 bilhões de pessoas em 110 países do mundo experimentaram, desde janeiro, a experiência do confinamento obrigatório, de acordo com dados publicados pela agência de notícias francesa AFP. Este número representa em torno de seis a cada dez pessoas da população mundial, estimada pela Organização das Nações Unidas em 7,79 bilhões em 2020. O cenário faz com que famílias de todo o mundo se ajustem ao desafio de uma nova rotina. Dentro das residências as famílias estão tendo a oportunidade de descobrir importantes sentimentos de vida coletiva, entre eles, os de resiliência e de aproximação.

A secretaria acadêmica da PUC Minas Praça da Liberdade, Terezinha de Assis Lacerda, por exemplo, está encarando o desafio com otimismo. “Neste período de isolamento estamos convivendo vinte e quatro horas com a família. Para convivermos bem, tive que aprender a encarar os desafios que surgem a cada momento. Apesar de estar com pessoas próximas, elas têm personalidades e objetivos completamente diferentes. Estou buscando me relacionar da melhor forma com todos, aproveitar cada momento com eles. Não é fácil, por isso tenho procurado agir com mais diálogo, leveza e sabedoria”, reflete.

Terezinha, o marido e os gêmeos de 13 anos, Rafael e Gabriel, estão acostumados a uma agitada rotina dentro e fora de casa. Todos saem bem cedo para trabalhar ou estudar. Na parte da tarde, em casa, a mãe auxilia os filhos nas atividades escolares e conta com a ajuda da sogra nas atividades domésticas antes de voltar para o seu segundo turno de trabalho, no período da noite na Unidade. “No início do isolamento, lidar com nova situação foi bastante complicado. Os meninos não queriam fazer o para casa, assistir os vídeos postados pelos professores. Não achavam justo terem que estudar em casa e depois estudar novamente no colégio quando as aulas fossem repostas”, comenta. De acordo com ela, aos poucos, os meninos conseguiram compreender a dimensão da situação e tudo ficou mais fácil de lidar. “Aos poucos eles foram se adaptando e hoje estão completamente integrados à nova realidade e rotina de estudo”, revela.

A modalidade trabalho remoto, que ainda não havia sido vivenciada pela secretaria acadêmica, também é uma novidade inserida na rotina. “O mais difícil de trabalhar em casa é estipular uma rotina de trabalho, considerando o comprometimento com a Instituição e a vida familiar. Nos primeiros dias foi difícil para os meus filhos entenderem que eu não estava de folga e sim ocupada com as constantes demandas da Universidade. Mas, com a definição do horário de trabalho, eu pude estipular limites e hoje estou totalmente adaptada, conseguindo organizar todas as atividades da casa e atender todas as demandas do meu trabalho na Universidade”, argumenta.

Já a tutora da PUC Minas Virtual, Janaina Costa, estava mais familiarizada com o trabalho remoto e conseguiu se sair bem nestes tempos de quarentena. “Há alguns anos trabalhei em casa dando tutoria de disciplina isolada da PUC e foi maravilhoso! Foi perfeito para mim, pois, entre os inúmeros benefícios, o melhor deles é que eu pude acompanhar o crescimento e a evolução da minha filha, Maria Eduarda, que na época era adolescente. Então, nem preciso falar como sou grata por isso, não é?”, brinca. Trabalhando novamente na modalidade a distância, Janaina garante que representa muitos desafios, mas que o autoconhecimento auxilia muito nesse momento. “Por eu já ter experiência, já consigo saber como lidar com horários, compromissos, atividades, responsabilidades e o que dá certo e o que não dá”. Sobre os benefícios, ela diz serem incalculáveis. “Adoro ter o privilégio de poder fazer todas as refeições juntos à mesa, conversando e rindo e amo poder tomar alguns minutos de sol todos os dias, com o pé no chão. É incrível poder trabalhar da sala de casa num ambiente só seu, com a luz natural, ouvindo as suas músicas preferidas, num espaço onde eu possa olhar ao longe quando meus olhos estiverem cansados de computador, poder parar e brincar um pouco com o cachorro para aliviar o estresse que às vezes o trabalho proporciona”, argumenta.

Brincando e aprendendo

Na casa da auxiliar administrativo da Secretária Acadêmica da PUC Minas Poços de Caldas, Chris Helen Dinucci Moreira, a rotina também sofreu bastante mudança, principalmente o relacionamento com Valentina, sua filha de dois anos. “Fazendo um comparativo com a rotina habitual, no meio de semana eu ficava cerca de três horas por dia com minha filha, concorridas com fazer o jantar, dar banho e prepará-la para dormir. Entrei de férias e, com o distanciamento social e com o ensino infantil também paralisado, estou conseguindo dedicar toda atenção a ela”, diz. Entre as atividades do dia estão fazer as comidas que Valentina gosta, brincar, dançar, ensinar e fazer atividades da escola, entre outras. A mãe ainda aproveita a fase curiosa da filha para tentar novas experiências. “Geralmente mexemos com tinta e aí é aquela farra. Poder passar coisas positivas para ela, educar, conversar, contar histórias, isso tudo não tem preço. Ela até tenta me imitar quando estou limpando a casa. Uma figura!”, conta. Mesmo com tantas brincadeiras, Chris não se esquece da importância dos professores na educação de sua filha. “É importante também reconhecer toda a importância dos profissionais da educação. Por mais prazeroso que possa ser estar com nossos filhos, a responsabilidade de educar um grupo de crianças é muito grande”, argumenta.

 

Dia das Mães em casa

Acostumada a sempre passar o Dia das Mães com os filhos junto com a sogra e a família do marido, Terezinha Lacerda e a família precisaram mudar a dinâmica este ano. “Minha mãe mora em outra cidade, o que dificulta o encontro com ela nessa época. Sempre passamos com a família do meu marido, mas este ano, fomos eu e minha sogra comemorando a data juntas de nossos filhos dentro da nossa casa”, diz. Na casa de Janaína a comemoração também foi diferente. “Temos uma linda tradição de todo ano reunir toda a família na minha casa e comemorarmos todos juntos com muita alegria, amor e carinho. Mas uma coisa é certa. Comemoraremos assim que for permitido e seguro para todos nós”, comenta. Chris reforça a importância da comemoração da data e como ela traz um novo significado na realidade atual. “Tenho certeza de que passaremos a dar maior valor às pequenas coisas depois que tudo isso passar. E vai passar”, finaliza.

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