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Thaís Roberta de Oliveira Felício, funcionária da Divisão Financeira da Unidade São Gabriel, descobriu o judô anos atrás. Há algum tempo afastada do esporte, retornou em março de 2018 aos tatames, tapete japonês que serve para a prática de artes marciais. E voltou com tudo. Já em setembro, participou da XIV Copa Rio Internacional de Judô, no Rio de Janeiro, e levou a medalha de prata.
Thaís tem deficiência visual e pratica o esporte três vezes por semana. “Treino um dia em Belo Horizonte, no bairro Carlos Prates, no Projeto Superar pela Associação de Deficientes Visuais de Belo Horizonte (Adevibel), com o técnico Marcelo Melo. O projeto é voltado apenas para pessoas com deficiência. Já em Sabará, treino duas vezes por semana com pessoas que não têm deficiência”, conta.
Para Thaís, o judô é “espetacular”. “Desenvolvemos autonomia, independência por praticar um esporte, e autoestima, porque nos sentimos capazes de desenvolver um bom trabalho”. Ela ainda destaca a questão do respeito e da amizade. “No judô, a luta não é uma agressão. É uma atividade que você faz em conjunto, é um aprendizado”, explica. Sua próxima meta? Participar em fevereiro da competição internacional.
O judô foi criado no Japão em 1882 por Jigoro Kano, que se baseou no estudo das antigas formas de autodefesa, procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseadas em leis de dinâmica, ação e reação. A partir disso, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-jutsu em um novo estilo chamado de Judô, ou "caminho suave" - Ju (suave) e Do (caminho ou via). Além de tornar o ensino da arte marcial um esporte, Jigoro Kano desenvolveu uma linha filosófica baseada no conceito ippon-shobu (luta pelo ponto perfeito) e um código moral. O judô pretende fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada e pode ser praticado por homens, mulheres, crianças e idosos, de qualquer altura e peso.
O judô possui oito princípios básicos que norteiam o código moral:
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