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Uma Universidade como presente

1958. Nesse ano, o Brasil ganha, pela primeira vez, a Copa do Mundo de futebol. Com seus 540 mil habitantes, Belo Horizonte era a sexta cidade mais populosa do País. O número de veículos, entre automóveis, caminhões e ônibus, não chegava a 20 mil. Diariamente, circulavam na cidade oito jornais, com tiragem total de 153 mil exemplares. A barragem da Pampulha era reconstruída, após seu rompimento quatro anos antes. Sessenta e oito mil e quinhentos alunos estavam matriculados no então ensino primário fundamental. (1).

Em 12 de dezembro, dia do aniversário da cidade, o Decreto Presidencial nº 45.046 conferia equiparação à Universidade Católica de Minas Gerais e aprovava seu Estatuto. A nova Instituição consolidava, assim, as atividades que vinham sendo desenvolvidas, desde 1948, pelas Faculdades Católicas de Minas Gerais e passava a contar com cinco estabelecimentos de ensino superior, localizados em diferentes pontos de Belo Horizonte: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria, a Faculdade Mineira de Direito, a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a Escola de Enfermagem Hugo Werneck e a Escola de Serviço Social de Minas Gerais. Além delas, como instituição agregada, a Escola de Educação Física de Minas Gerais.

No seu ano inaugural, a Universidade Católica de Minas Gerais compreendia em torno de 700 alunos. Mais exatamente: 108 estavam matriculados na Faculdade de Filosofia; 247, na Faculdade Mineira de Direito; 180 nas Ciências Médicas; 97 na Escola de Enfermagem Hugo Werneck e 48 na Escola de Serviço Social.

 

Seis décadas depois, os contrastes são expressivos. A população da cidade quintuplicou. O número de veículos, agora mais diversificados, quase se equipara ao de habitantes.

A Universidade, intitulada Pontifícia desde 1983, congrega uma comunidade acadêmica com cerca de 65 mil alunos, com centenas de cursos de graduação, pós-graduação, aperfeiçoamento, atualização e capacitação. Somente o Campus de Belo Horizonte, na sede do Coração Eucarístico e nas unidades educacionais do Barreiro, Praça da Liberdade e São Gabriel, ministra 82 cursos de graduação para cerca de 30 mil alunos, dos quais 13.217  são bolsistas. (2)

Criada quando Belo Horizonte completara 60 anos, nossa Universidade atinge agora idêntica idade, orgulhando-se de ter acompanhado e contribuído para o desenvolvimento da capital mineira.

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1.  IBGE – Conselho Nacional de Estatística. Belo Horizonte – Minas Gerais. s.n.l. 1958. 44 p. (Coleção Monografias, nº 205).
2. Revista PUC Minas, Belo Horizonte, nº 18, 2 sem. 2018.

Texto elaborado pelo Centro de Memória e de Pesquisa Histórica da PUC Minas.

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