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De seminário a campus universitário*

Ao entrarmos no Campus Coração Eucarístico, as flores nos recebem. Os jardins oferecem-nos cartelas de tons e brilhos infinitos. Espaço de contemplação, lazer, namoro, leituras ou descanso, seus recantos e encantos compõem o complexo do antigo Seminário Diocesano, formado por oito prédios que marcam a vida da Universidade.

A história se iniciou, contudo, em outro local, quando o bispo Dom Antônio dos Santos Cabral instalou, em 29 de outubro de 1922, a Residência Episcopal à rua Rio Grande do Norte. Logo depois adquiriu as casas ao lado a fim de que um dos prédios passasse a servir de reitoria para os cursos de Filosofia e Teologia. A inauguração oficial do Seminário aconteceu em 15 de março de 1923. Para tanto, fora recebida indenização do governo estadual no valor de 150 contos, pela antiga Igreja de Santana, situada nas proximidades da Praça da Liberdade. A instituição contaria, a princípio, com dois cursos: o de humanidades e o teológico. Iniciou suas atividades com 33 alunos, tendo como primeiro reitor o monsenhor João Rodrigues de Oliveira e diretor espiritual o Padre Vicente Soares.

Após longa jornada, realizou-se a transferência para nova localidade e foi em 16 de fevereiro de 1930 que ocorreu a inauguração do primeiro edifício do Seminário Coração Eucarístico de Jesus que, na década de 1970, formaria o campus da Universidade Católica de Minas Gerais. A mudança acarretaria grandes transformações para a região, como abastecimento de água, abertura e pavimentação de vias de acesso, ligação de energia e força, além da criação de serviço de ônibus para o bairro Coração Eucarístico. Estado e Igreja estreitavam, assim, os laços em prol de obra maior. Empreitada que não deixaria de contar com dificuldades estruturais, como o acesso ao lugar ou limitações financeiras. A despeito da existência de pedras no caminho, aos poucos, o sítio escolhido deu origem e reconfigurou a ocupação do bairro, a qual ocorreria de forma gradativa. Distante das outras partes da cidade, o Seminário, em seu isolamento, serviria de refúgio para o recolhimento espiritual, de acordo com as orientações formativas da Igreja Católica à época.

Atualmente, as edificações constituem conjunto arquitetônico tombado, desde o início da década de 1990, pela Diretoria do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. O complexo comporta a Reitoria da PUC Minas, a maior parte dos órgãos da administração superior da Universidade, o Centro de Registros Acadêmicos e o Instituto Politécnico. Também integram as construções centrais o Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa, a Faculdade Mineira de Direito e, contíguo a esta, o Instituto de Ciências Humanas. Fazem parte do agrupamento de prédios, ainda, a Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários (Secac) e, em meio aos jardins, o Espaço Cultura e Fé, o prédio nº 7, que passou a abrigar, recentemente, a livraria da Editora PUC Minas, em parceria com Livraria Aguiar. Neste recinto acontecem exposições, apresentações do Coral da Universidade e lançamentos de livros. Eventos, muitas vezes, embalados pelo som do piano que ornamenta o saguão. Enfim, os ambientes do antigo Seminário Eclesiástico são agradáveis, serenos, de inestimável valor e beleza, envoltos por flores e repletos de história.

Texto da professora Silvia Rachi, do Departamento de História e coordenadora de Pesquisa do Centro de Memória e de Pesquisa Histórica da PUC Minas



Seminário Coração Eucarístico de Jesus nos anos 60 e Pontifícia Universidade Católica em 2003

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