Os sentidos de prioridades e urgências devem ser inevitável e cotidianamente reinventados em todos os âmbitos da vida: nos desafios da vida social, nas fragilidades da cidadania brasileira e no amplo espectro das dimensões da nossa existência familiar e pessoal. Essa perspectiva não se mostra diferente na trajetória da nossa lida institucional. Compromissos e deveres estruturais e estruturantes, exigências de investimentos indispensáveis, enfim, é imperativo darmos eficientes respostas às urgências do presente, mas sem descuidarmos dos compromissos estabelecidos em nossa caminhada, quando prefiguramos um futuro de crescimento e busca de perenidade para a PUC Minas. E sem abrirmos mão de sonharmos e planejarmos, com sabedoria, o porvir da Universidade. É neste contexto de desafios e neste cenário de instabilidades que todos que temos hoje a responsabilidade de dirigir e fazer a gestão da Universidade somos convocados a mobilizar o melhor de nossas competências, habilidades, espírito inovador e, em especial, muito bom senso combinado com audácia. É fundamental que compreendamos que não é apenas a crise política e econômica, que insiste em perdurar já por muitos anos, que exige de todos novas posturas, revisão de parâmetros e de objetivos. É mais que isso. Na verdade, muito mais. Além das instabilidades e contingenciamentos provocados por essa crise que teima em permanecer, observam-se graves mudanças em termos de alguns dos paradigmas no campo educacional que não podem, de modo algum, serem desconsideradas. Não é exagero afirmar que, quando vencermos esses difíceis anos para a economia, a política e todo o conjunto da vida social, a educação, e, no nosso caso específico, a educação superior de natureza comunitária, terá experimentado rearranjos e deslocamentos em um caminho, diria, sem volta. Importante, assim, compreender que vivemos amplas e intensas mudanças dos processos educacionais com profundos impactos na vida acadêmica e, neste contexto, a Universidade tem que, mais do que se adaptar, intuir e antever esses novos rumos para antecipar-se, escolhendo os melhores caminhos, sem deixar de nortear-se, certamente, por sua Missão, Valores e Visão. |
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Nesse sentido, referenciada pelos ordenamentos jurídicos e legais e os valorosos parâmetros de nossa vida institucional e acadêmica, é que a Reitoria reafirma, de modo enfático, a solicitação de que todos na PUC Minas, no cotidiano das pequenas coisas e na orquestração e planejamento dos grandes processos, sem abrir mão, como mencionado, de nossas basilares e históricas referências, busquemos propor e construir uma Universidade cada vez mais contemporânea e lúcida; racional e ágil; competente e competitiva. Novos comportamentos e atitudes que exigem ainda mais que todos estejamos, harmoniosamente, deslocados das zonas de conforto e da eterna autorrepetição, dispostos e envolvidos, com um projeto de Universidade que precisa reinventar-se, pois sabemos que o presente e o futuro, cada vez mais apressado, estão a exigir novos modos de presença na sociedade e no mercado educacional. Quando observamos a milenar caminhada da universidade no Ocidente, convencemo-nos de que a PUC Minas, ao completar 60 anos, em 2018, é uma instituição muito, muito jovem. E é esta juventude, vivenciada até aqui com tanta maturidade, que nos credencia a dar, com segurança, novos passos no sentido de construirmos uma Universidade ainda mais arrojada e atual, em que os processos e protocolos tenham o sentido da solução rápida, não do embaraço. Da capacidade de enxergar, nas dificuldades, oportunidades e não meramente obstáculos. Não existem, todos sabemos, soluções fáceis para problemas complexos. Alterar nosso modo de abordá-los, no entanto, já pode ser um grande começo. É preciso, sempre, mudar para melhorar. Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães Reitor da PUC Minas Bispo auxiliar de Belo Horizonte
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