Projeto especial da Unidade, MIC BH apoia empresas nascentes

O coordenador do MIC (à esquerda), professor Sandro
Jerônimo, com os gestores das startups e a representante da
Microsoft (à direita), Silvia Valadares

A startup DeskMetrics, uma das empresas nascentes apoiadas pelo Microsoft Innovation Center (MIC BH), projeto especial localizado no prédio E da PUC Minas no São Gabriel, foi eleita uma das dez mais promissoras da América Latina, segundo avaliação do Ranking The Next Web. A Deskmetrics foi criada pelo ex-aluno Bernardo Porto, que é um dos sócios, tendo se formado em 2009 no Curso de Sistemas de Informação da unidade. A empresa fornece informações estratégicas em tempo real sobre a utilização de software por usuários.

Projeto especial da unidade, o MIC, coordenado pelo professor Sandro Jerônimo de Almeida, é alicerçado na área de Tecnologia da Informação e apoia esta e outras startups com treinamentos técnicos gratuitos, por meio de acesso livre aos softwares da Microsoft por três anos, e prospecção de novos parceiros.

 
Outra startup apoiada pelo MIC é a NewLeaf, empresa que começa a desenvolver aplicativos agregados a soluções direcionadas à inovação e cuja previsão de faturamento é de US$ 3 milhões em dois anos. Os sócios são Marden Batista, de 19 anos, aluno de Ciência da Computação no campus Coração Eucarístico; Rainier Augusto Ferreira, de 22 anos, aluno do Curso de Tecnologia em Jogos Digitais na Unidade São Gabriel; Vitor Galindo Lanna, de 21 anos, formado em Ciência da Computação pela PUC Minas e aluno de Tecnologia em Jogos Digitais; e Dayana Thalita Santos Viana, de 20 anos, de Sistemas de Informação. Eles participaram do Innovation Projects e do Imagine Cup, competições também promovidas pela Microsoft. Na Imagine Cup, a equipe esteve nas finais nacionais.

Já a empresa Tixon Sistemas, de Firmiano Cardoso dos Santos, de 50 anos, tem um ano de funcionamento e atua no desenvolvimento de sistemas com aplicações focadas em nichos de mercado. “Esta oportunidade de aproximação com o MIC é um diferencial”, atesta ele, reafirmando a importância nos treinamentos, encontros com parceiros e investidores facilitados pelo MIC.

Outra empresa nascente apoiada pelo MIC é a Avants Software as a Service, que desenvolve software como serviços desde 2009. O empreendedor Jeferson Moreira dos Anjos, mestre em Engenharia de Computação e ex-aluno de Sistemas de Informação da PUC Minas no São Gabriel, também participou do programa Bizspark da Microsoft, recebendo treinamento e suporte do MIC BH.

Em reunião, ocorrida em maio, para o estreitamento de relacionamento com quatro dessas empresas nascentes apoiadas pelo MIC, Silvia Valadares, do programa Bizspark, de fomento a empreendedores, ressaltou a importância deste tipo de empreendedorismo estar sendo feito a partir de parceria com a PUC Minas. “É fundamental para o País essa integração. Há uma necessidade de estimular essa cultura empreendedora para o crescimento do Brasil, trabalhando com inovação e serviços agregados”, pontuou.

O objetivo do MIC é o desenvolvimento de ciência e tecnologia a partir do envolvimento de alunos e pesquisadores em articulação com a iniciativa privada. “O MIC consegue articular essa produção científica à realidade do mercado, possibilitando a participação de alunos em atividades reais, buscando soluções para a sociedade”, atesta o pró-reitor adjunto, professor Miguel Alonso de Gouvêa Valle.

Pesquisas

Mas o MIC também desenvolve ações com empresas consolidadas e pesquisadores. As pesquisas têm aplicabilidade na sociedade e possuem caráter de serviço à comunidade. De acordo com o coordenador do MIC, “aproximar as demandas da sociedade com as produções acadêmicas é uma das ações. A integração é interessante, pois produzimos trabalhos junto à comunidade externa e à Universidade”, pontua.

Henrique Batista da Silva e Kleber Jacques Ferreira de Souza, mestrandos em Informática pela PUC Minas, são também bolsistas do MIC BH. Henrique foca seu mestrado na recuperação de vídeos baseados no conteúdo visual e Kleber na simplificação de cor em imagens, a partir de agrupamento hierárquico. Já Ângelo Magno de Jesus, ex-bolsista do MIC, defendeu sua dissertação em março, intitulada Uma Abordagem para Extração de Texto em Vídeos Digitais baseada em Análise Temporal.

Por recuperação de vídeos baseado em seu conteúdo visual, entende-se que, em vez de as buscas por vídeos na Internet, como o Youtube, serem realizadas por meio de tags, podem ser feitas por meio de extração de características do próprio vídeo. “No meu mestrado eu estudo estruturas eficientes para armazenamento e busca de vídeos. Por exemplo, se alguém procura algum vídeo no qual apareça a Praça da Liberdade, o sistema de busca irá achar todos os vídeos em que a praça esteja. Cada vez mais pessoas publicam vídeos e os assistem. Criar um meio mais eficaz de busca é essencial”, explica Henrique.

Kleber diz que a simplificação das cores, agrupando as semelhantes, ajuda na identificação de elementos em imagens. “Numa foto simples, como a de um incêndio, existem milhões de cores diferentes e, para identificar apenas as cores relacionadas ao fogo, por exemplo, eu as agrupei hierarquicamente em apenas uma. Assim, é possível saber apenas o que é fogo na imagem, e nada mais”, explica o bolsista.

Ângelo desenvolveu na pesquisa um novo método para se extrair texto de vídeos e imagens digitais. “Primeiramente foi notado que, ao se buscar uma imagem ou vídeo em sites, como o YouTube, por exemplo, não se pode buscar palavras que estão ‘escritas’ dentro do vídeo, como por exemplo a legenda de um filme. Para que um vídeo seja encontrado por palavras específicas, é necessário que algumas palavras-chave sejam informadas por quem postou aquele vídeo no site", explica. "O método proposto de extração de texto permite utilizar palavras do texto de um vídeo para melhorar as buscas dos usuários”.

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