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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Junho/Julho de 2022 - nº 41

Anima PUC Minas: novas instalações são inauguradas

Bruno Timóteo
Pe. Áureo, Dom Walmor e Dom Joaquim Mol descerram placa do espaço, que abrigará mais de cem profissionais dos 17 núcleos do órgão
Pe. Áureo, Dom Walmor e Dom Joaquim Mol descerram placa do
espaço, que abrigará mais de cem profissionais dos 17
núcleos do órgão

 

"Através do Anima, a Universidade cumpre de modo relevante a sua missão de formação humanista. Que este caminho seja muito fecundo e abençoado e que possa trazer frutos para nossa sociedade inspirando a outros nesse mesmo caminho". Com essas palavras,  Dom Walmor Oliveira de Azevedo, grão-chanceler da PUC Minas e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, deu início à benção do novo espaço e da nova estrutura do Anima PUC Minas – Sistema Avançado de Formação, Identidade e Missão da Universidade, no dia 20 de junho. "Anima como alma da formação humanística e do diálogo na PUC Minas. O que aqui se propõe é de altíssima qualidade e de uma grande relevância. Exatamente pelo quanto é importante a formação humanística em um mundo que precisa de um novo rumo, de um novo tempo, de novos diálogos, novas narrativas, novos sistemas e de novas produções", afirmou.

O reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, destacou que estamos vivendo um tempo de superficialidade e efemeridade em quase todas as dimensões da sociedade. "Na cultura, na economia, na política, nas relações humanas, em todos os aspectos, e também nas religiões. Precisamos compreender de maneira sempre mais trabalhada que a missão que nós temos, como orienta a Igreja, a missão da universidade católica é de fazer a reunião de pessoas, pesquisadores, de estudiosos, para examinarem a fundo a realidade. Porque quem examina superficialmente não consegue chegar às boas soluções que precisamos ter à luz da fé. Que não é uma fé qualquer, é a fé cristã que joga a sua luminosidade sobre o conhecimento humano. É na fé em que aprendemos uma outra missão da universidade católica, que é aquela de construir o mundo", explicou Dom Mol, que fez referência ao pensador, jesuíta, filósofo e teólogo Teilhard de Chardin. "Em um belíssimo hino ao universo, Chardin afirmou que o mundo se constrói porque a verdade fundamental que precisamos assumir é primeiramente aprender. E depois ele faz uma prece que nos ajuda a quebrar os limites que nós impomos a Deus. Como se Deus se esgotasse nos limites que nós traçarmos", destacou.

Dom Mol mencionou que os 17 núcleos do Anima perpassam todos os institutos e, assim, toda a Universidade. Tendo a Pastoral Universitária como carro chefe, alguns núcleos são fruto de parcerias de serviços que comungam com objetivos muito comuns, como a Academia de Juristas Católicos  e Humanistas e a Agência de Desenvolvimento Integral (Aderi), em parceria com a Arquidiocese de Belo Horizonte; Associação Nacional de Educação Católica de Minas Gerais, o Centro de Formação de Agentes de Pastoral, o Centro de Geoprocessamento de Informações e Pesquisas Pastorais e Religiosas – Cegipar, a Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz, a Escola Nacional de Comunicação (CNBB), o Grupo de Trabalho de Pesquisa e Pesquisa Bíblica São Jerônimo, o Sociedade de Teologia e Ciências da Religião. Os outros núcleos são compostos por profissionais da Universidade: Grupo de Reflexão e Trabalho para a Economia de Francisco e Clara, o Grupo de Reflexão e Trabalho para o Pacto Educativo Global, o Núcleo de Estudos Sociopolíticos, a Assessoria de Monitoramento dos Poderes Públicos, a Escola Casa Comum de Formação de Cristãos Humanistas e o Observatório da Evangelização.

O professor padre Áureo Nogueira de Freitas, coordenador do Anima PUC Minas, destacou que ao logo de sua trajetória, a Universidade tem se destacado por sua qualidade e excelência na formação de agentes que atuam na sociedade pela qualidade humana, científica, técnica, qualificada nas diversas áreas do conhecimento. "Este caminho tem sido possível justamente por ela trazer a marca de uma universidade Pontifícia e Católica. A sua envergadura vem da inspiração do maior educador de todos os tempos, Jesus Cristo". Padre Áureo ressaltou que o Anima, diretamente ligado à Reitoria, com especial vínculo com o Instituto de Filosofia e Teologia, sob a supervisão do grão-chanceler, tem a missão de animar a evangelização da comunidade universitária. "A tarefa é nobre e exigente. O Anima é o coração da PUC Minas, a alma em diálogo com a cultura e a sociedade. Que a Igreja do Brasil anime e fomente e cuide da formação, da identidade e da missão da PUC Minas", mencionou. "A nossa PUC Minas está à altura dos nossos tempos atuais e tem capacidade lúcida de jogar luzes nas sombras de nossa sociedade atual", finalizou.

Durante a cerimônia, também foi apresentado pela equipe de Comunicação do Anima o Portal Via Humanitatis. O Portal, no formato de revista eletrônica, trará análises, informações e formação na perspectiva cristã. "A finalidade é contribuir para a comunidade universitária da PUC Minas, de todas as universidades católicas e para com a sociedade", explicou a jornalista Janaína Gonçalves. Também compõem a Comunicação do Anima a cineasta Camila Moreira e o publicitário e coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tulius Oliveira Neto. Dom Mol destacou que "o portal expressará todo o trabalho dos núcleos do Anima, que contam com o trabalho de mais de cem pessoas". Além disso, a intenção é que o portal alcance instituições em todo o Brasil e no exterior. Em breve estará disponível também nas versões em Espanhol e Inglês.

Também houve a apresentação do livro O Novo Humanismo: Paradigmas Civilizatórios para o Século XXI a partir do Papa Francisco, produção do Nesp/PUC Minas. Um dos autores da obra, o professor Claudemir Francisco Alves destacou que o livro é uma resposta à demanda do Papa Francisco para as Universidades Católicas para que cumpram o seu papel de estar no meio da sociedade, da Igreja e  de propor ao mundo um novo paradigma, já que este que aí está tem apresentado sinais de exaustão". A obra buscou reunir toda uma diversidade e pluralidade: homens e mulheres, diferentes etnias, raças. Pessoas de diferentes países. "Procuramos trazer para esta obra os mais diferentes olhares que pudessem contribuir para que juntos pensássemos sob quais paradigmas desejamos viver ao longo desse século. E finalizou. "Neste momento em que o Papa Francisco se coloca como essa voz que demanda a construção de um novo reino, que reencarna a mensagem cristã, é que nós propusemos este livro. Ele não é ponto de chegada, deveria ser ponto de partida. O momento a partir do qual nós possamos propor uma nova forma dos cidadãos, universidades e cristãos de pensarmos um mundo alternativo". 

 

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