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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Outubro/Novembro de 2020 - nº 36

Campanha da CNBB: reitor da PUC Minas planta ipê branco em homenagem às vítimas da pandemia de Covid

Raphael Calixto
Ato simbólico lembrou as mais de 160 mil vítimas da Covid-19 no Brasil
Ato simbólico lembrou as mais de 160 mil vítimas da
Covid-19 no Brasil

“Este ipê branco é um ser vivo. E permanecerá vivo, se for cuidado. É para lembrar nossos mortos, mas também as vítimas da Covid-19. Outra motivação é que atualmente estamos experimentando a pior gestão do meio ambiente da história do país, que só destrói. Destrói o meio ambiente, destrói relações. Esse plantio simbolicamente representa a nossa resistência, o nosso compromisso com o meio ambiente. Nossa vocação é plantar vida”. A afirmação foi feita pelo reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, ao fazer o plantio de uma muda de ipê branco na manhã desta terça-feira, 3 de novembro, no jardim próximo ao estacionamento do prédio 2, no Campus Coração Eucarístico. A iniciativa atende ao convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que mobilizou comunidades de todo o país para plantar mudas de árvores, em diferentes localidades, por ocasião do Dia dos Finados, que ocorreu nessa segunda-feira, 2, em homenagem aos mortos pela pandemia de Covid-19. Essa ação também é uma resposta às recentes queimadas que consumiram biomas brasileiros.

Acompanhado do chefe de Gabinete da Reitoria, professor Paulo Roberto de Sousa, e do secretário de Comunicação, professor Mozahir Salomão Bruck, entre outros funcionários da Universidade, o reitor iniciou o ato simbólico lembrando as mais de 160 mil vítimas da Covid-19 no Brasil e registrando que o país foi o que menos tomou providências adequadas contra a pandemia, do ponto de vista governamental. “O que fez com que pessoas da área de saúde assumissem intensamente, corajosamente, quase que sozinhos, sem o apoio necessário, que se desdobrassem para cuidar da vida e amenizar todo o impacto causado por essa pandemia. Este ipê branco, de uma beleza singular, lembrará tantas pessoas que partiram e, além delas, aquelas que ficaram com sua profunda dor”, disse ele. Mas esse plantio, continuou Dom Mol, tem outro significado: “É para dizer o quanto latifundiários, madeireiros, mineradores, com apoio, sobretudo, do pior Ministério do Meio Ambiente que o Brasil já teve, enquanto eles exploram a terra e queimam as florestas, sobretudo na Amazônia, mas também no Mato Grosso, em Minas Gerais e tantos outros lugares, com vistas a auferir lucro da extração da camada verde, da camada da vida, não só da floresta, mas da nossa vida, do ar puro, plantar essa árvore significa resistir às queimadas, à destruição. Enquanto alguns irresponsavelmente destroem, nós plantamos. Essa resistência é para, justamente, sinalizar o nosso compromisso com o meio ambiente”. Esse duplo sentido, lembrou Dom Mol, foi dado pela CNBB, que realizou esta campanha.

O reitor lembrou que cada Unidade e Campus da PUC Minas plantou mudas de ipês brancos e, quando estiverem mais robustas, serão instaladas placas nos locais para preservar a memória dos que se foram e a manutenção do compromisso que precisamos ter com a preservação das árvores, florestas e da vida.

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