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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Outubro/Novembro de 2020 - nº 36

21º MiniONU: pela primeira vez, projeto é realizado em formato virtual e gratuito

O professor Danny Zahreddine, diretor do ICS, representou o reitor
O professor Danny Zahreddine, diretor do ICS, representou o
reitor

Representando no MiniONU o reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, o diretor do Instituto de Ciências Sociais, professor Danny Zahredinne, afirmou que esta edição, a primeira realizada no formato virtual, reflete o enorme desafio que o mundo enfrenta, em diversos aspectos, em virtude da pandemia de Covid-19. "Este ano é um ano diferente e esta edição será única. Quero parabenizar a coragem da organização do evento e dos estudantes de resistirem e provarem que, mesmo na adversidade e na dificuldade, é possível termos esperança, crescermos e mantermos projetos que são fundamentais para a nossa formação e para a nossa vida", disse. Ele transmitiu as palavras de apoio do reitor e os votos de que "mais uma vez esse projeto alcance plenamente todos os seus objetivos de formação, de interação social, de ética e de humanismo". O MiniONU foi realizado de 12 a 15 de outubro.

Direitos humanos, equidade, respeito, conhecimento, inclusão, empatia, empoderamento, justiça, liberdade de expressão, sustentabilidade, direito a informação, representatividade. Essas foram as respostas de alguns participantes do MiniONU quando Vitória Santos, poeta marginal da periferia de São Paulo, indagou: "qual a palavra representa a luta que vocês sustentam?", logo na conferência de abertura do evento. A 21ª edição do maior modelo intercolegial das Nações Unidas na América Latina teve o tema Qual é a sua voz? e incentiva os participantes, estudantes do Ensino Médio, a analisarem suas vivências e identificarem as causas que lhes são importantes.

O pró-reitor de Extensão, professor Wanderley Chieppe Felippe, destacou o caráter extensionista da iniciativa. "Porque coloca a Universidade em contato com a sociedade. Os estudantes do ensino médio, juntamente com os estudantes de graduação, têm a oportunidade de examinar vários processos, questões e problemas que perpassam por países do mundo inteiro", explicou ele, ao lembrar o elo entre a Universidade e a sociedade, e reforçar que a PUC Minas honra o seu compromisso de colocar o conhecimento a serviço da comunidade, e não apenas limitá-lo ao meio acadêmico.

Ele ressaltou que o MiniONU exerce essa função ao proporcionar aos estudantes a oportunidade de ampliar seu campo de visão de mundo, percepção da realidade e grau de consciência. "Quanto mais educação de qualidade nós tivermos no país, mais nós vamos enfrentar as adversidades e os problemas. Nós precisamos desenvolver capacidade de análise crítica e de proposição de soluções. Que este evento possa ajudar progressivamente, como tem feito nesses 20 anos, a criar pessoas que venham a contribuir para que o nosso país melhore e busque as soluções necessárias para que a justiça social, para que o direito das pessoas e da sociedade sejam respeitados e para que nós possamos crescer em todos os sentidos: intelectualmente, economicamente, socialmente. Nós precisamos tornar esse país um país muito melhor que ele é, e ele pode ser", afirmou.

A professora Chyara Sales Pereira, chefe do Departamento e coordenadora do Curso de Relações Internacionais, destacou a importância da pluralidade e das diferenças para a construção social, mas que virtudes como tolerância, resiliência e humanidade devem ser comuns a todos os que lutam por um mundo melhor. "Gostaria de lhes pedir para que nessa caminhada algumas sementes sejam plantadas para melhorar este mundo que se apresenta hoje tão confuso, inseguro, com uma escassez de recursos naturais e de laços de afetividade", disse. Ela destacou a coragem e a solidariedade como característica dos participantes desta edição. "Coragem por arriscar fazer o diferente, sem nem mesmo saber como irá funcionar de fato. E solidariedade porque mesmo em condições tão adversas e incertas vocês decidiram participar e não deixaram a voz do MiniONU calar. E a sua voz? Qual é a sua voz? Sintam-se à vontade em fazer da sua voz a voz do MiniONU", convidou.

A coordenadora desta edição, professora Raquel Gontijo, destacou que as medidas de isolamento social impostas pela pandemia trouxeram à tona a necessidade de reinventar o formato do projeto, que é, por essência, uma enorme aglomeração. "Por um lado, nós sentimos falta do contato direto, do calor humano e da energia que sempre marcam os dias do MiniONU. Por outro lado, nós ficamos muito felizes em alcançar através do ambiente virtual pessoas de diferentes partes da América do Sul em um evento pela primeira vez gratuito", disse, ao pontuar que o MiniONU é símbolo não só de diálogo e valorização da diversidade, mas também de resiliência e capacidade de adaptação, e que o projeto promove um espaço para que todos se lembrem que juntos somos capazes de mudar o mundo e de mudar as nossas próprias vidas. "No livro Meio Sol Amarelo, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie pergunta: o que nós realmente sabemos sobre o sofrimento daqueles que não têm voz? Que no MiniONU e em todas as suas vidas vocês sempre tenham voz e que vocês usem essa voz em defesa daqueles que não podem falar, afinal, qual é a sua voz?", perguntou.

Antes de declarar aberta a 21ª edição do MiniONU, a secretária geral, Beatriz Viana, reforçou a importância de usar os espaços e as vozes para lutar por um mundo igualitário, inclusivo, justo e sustentável. "Espero que saiam dessa edição aptos a dialogar, a ouvir, capazes de questionar, compreender e reivindicar sempre que necessário. Acredito na mudança e que ela é feita por meio de ações individuais e coletivas. Espero que essa edição consiga mostrar para vocês a importância disso para a melhoria e esperança do mundo", disse.

O MiniONU
Maior modelo intercolegial das Nações Unidas da América Latina, o MiniONU é uma iniciativa do Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas. Desenvolvido por docentes e discentes, tem como principal objetivo difundir as principais virtudes das Nações Unidas, buscando soluções para problemas mundiais por meio de comitês que são palco de discussões de temas relevantes da agenda internacional. O MiniONU permite, além do aprimoramento acadêmico dos estudantes do Curso de Relações Internacionais, a exposição dos estudantes do ensino médio às discussões globais.

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