Espaço Aberto

Newsletter da Pró-reitoria Adjunta de Contagem

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Setembro e Outubro de 2020 - nº 28

Mensagem do Pró-reitor Adjunto

O desafio de exercer a empatia à distância

Raphael Calixto

Uma das coisas raras na vida é ter empatia. Essa palavra tem vários significados quando falada no senso comum. Geralmente, nos leva a pensar em alguém gente boa, que tem bom coração, de fácil convivência, uma pessoa legal. Entretanto, um significado logo encontrado quando fazemos consulta básica aos dicionários indica a ideia de um comportamento de alguém que é sensível aos sentimentos alheios.

 

Em tempos de isolamento e distanciamento social, esta palavra ganha dimensão. No campo da gestão de pessoas, amplia a nossa percepção em relação à relevância da empatia pelas razões mais diversas. Um significado importante advém da ideia de ajudar as pessoas, compreendê-las e ter paciência.

 

O mundo atual nos impõe ritmos intensos. A lógica da sobrevivência nos cobra habilidades que se alteram a cada minuto e eficiência e eficácia ganham escalas significativas. Às vezes, deixamos de perceber a vida, os sentimentos, a sensibilidade alheia, as dificuldades de quem está ao lado. Relacionar-se com as pessoas presencialmente já é complexo, à distância é um exercício que começamos a experimentar há pouco tempo.

 

Quando observamos as crianças nesses tempos de pandemia e de isolamento social, vemos o quanto podemos aprender com elas. De um lado, a disciplina se perde e exigem de nós, pais ou responsáveis, um monitoramento maior. Por outro, elas nos ensinam a sermos mais sensíveis, a acolher mais o outro, ajudá-los mais. Às vezes, as crianças se desentendem entre elas no processo remoto. No outro dia, fazem as pazes e retomam as atividades coletivas. Elas sabem, por serem mais sensíveis e acolhedoras por natureza, que o outro faz muita falta.

 

Tomara que possamos retomar o mais rápido possível a nossa convivência presencial. Professores, alunos e o corpo técnico administrativo voltem a dividir espaços coletivos e de exercício da empatia. Nesse tão esperado e sonhado retorno, que possamos duplicar aquilo que já gostamos de fazer e praticar no dia a dia, ajudar as pessoas, compreendê-las mais e senti-las fortemente. Sigamos.

 

Professor Robson dos Santos Marques

Pró-reitor adjunto da PUC Minas Contagem

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