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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Setembro/Outubro de 2019 - nº 33

O Sínodo da Amazônia é tema de mesa-redonda, com presença de Dom Mol

Anima PUC Minas
Os professores Paulo Agostinho, reitor Dom Mol e César Kuzma
Os professores Paulo Agostinho, reitor Dom Mol e César Kuzma

"Estamos vivendo um momento de mudança eclesial na Igreja. Com isso, temos a certeza do desejo do Papa Francisco, de ter uma Igreja sinodal, que cresce em favor da humanidade. Aqui fica um pensamento importante: para seguir em frente, como uma Igreja em Saída, precisamos descolonizar as nossas mentes."

Com essa afirmação, o reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de BH, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, iniciou sua fala na mesa-redonda Papa Francisco e o Sínodo da Amazônia, realizada na noite de 24 de setembro, no auditório do Museu de Ciências naturais  PUC Minas, no Campus Coração Eucarístico.  Além de Dom Mol, a mesa foi composta pelo professor César Kuzma, da PUC- Rio e presidente da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter), e pelo professor Paulo Agostinho, do Departamento de Ciências da Religião da PUC Minas, que participou como moderador.

O diretor do Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa  (IFTDJ/PUC Minas), padre Evandro Campos, abriu o evento, fazendo uma breve acolhida e agradecendo a presença do público, composto de leigos e religiosos. Em seguida, o padre Áureo Nogueira, coordenador do Sistema Avançado de Formação Anima PUC Minas, reforçou a importância da campanha Eu apoio o Sínodo. Eu apoio o Papa e destacou: "O objetivo principal do Sínodo da Amazônia, esse grande momento na Igreja, é trazer propostas e estratégias para toda a Amazônia, em favor da vida."

Após a abertura da mesa-redonda, os três convidados centrais iniciaram a apresentação do tema. Dom Mol falou sobre o Papa Francisco e o horizonte do seu pontificado. "Quando mencionamos o Sínodo para a Amazônia, logo fazemos referência ao Papa Francisco, pois ele mesmo diz que o caminho da sinodalidade é justamente o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio." E complementou: "O rosto amazônico é o de uma Igreja com clara opção pelos (e com) os pobres e pelo cuidado da criação, aberto à Igreja universal".

Para falar sobre os novos caminhos para a Igreja e a ecologia, o professor César Kuzma apresentou alguns pontos importantes no que se refere à Igreja Católica, como o Documento Laudato Si, escrito pelo Papa Francisco, que apresenta um vasto conteúdo sobre a Ecologia Integral. Também mencionou importantes grupos atuantes na Igreja que trabalham em prol da Amazônia, como a Pastoral da Terra, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entre outras pastorais. "O solo da Amazônia é  sagrado, porque essas terras, em nome da fé, já produziram mártires. Então, isso merece respeito, merece atenção. É preciso um olhar pelo pobre, pelos que sofrem com a indústria extrativista, pelas mulheres, pelos jovens que vivem nessas terras", afirmou Kuzma.

Para finalizar a mesa-redonda, foi aberto um espaço para plenária, com questionamentos pertinentes à discussão, conduzido pelo professor Paulo Agostinho.

(Informações/fotos: Anima PUC Minas)

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