Em missa celebrada na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte, no dia 15 de novembro, o grão-chanceler da PUC Minas e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, reverenciou, de maneira especial, a memória de Dom Antônio dos Santos Cabral, falecido há 50 anos. Dom Cabral foi o idealizador da PUC Minas.
Na ocasião, Dom Walmor lembrou como Dom Cabral veio transferido da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, para começar a Arquidiocese de Belo Horizonte, de como tinha consciência clara da sua missão “e não mediu esforços para fazer com que vivêssemos em uma sociedade melhor”. Dom Walmor reforçou que é preciso lembrar de Dom Cabral não apenas como uma memória do passado, “mas de nos deixar tocar pelo sentido de que precisamos juntos, como uma Igreja, ser cada vez mais missionários e corajosos para ajudar o mundo a abrir-se a esse amor de Deus”.
Nascido em Propriá, Sergipe, Dom Cabral veio para Belo Horizonte em 1922 para ser o primeiro bispo da jovem capital mineira. Veio com a missão de dotar a cidade da assistência de uma Igreja que auxiliaria o funcionamento e o crescimento da capital. A diocese foi elevada a arquidiocese em 1924 e praticamente não tinha bens. Com seu espírito empreendedor, Dom Cabral, que se tornou arcebispo, se pôs a trabalhar para construir as paróquias. Dentre as aquisições da nova Arquidiocese, a Fazenda Pastinho, no bairro Bela Vista, hoje bairro Dom Cabral, que abrigou, inicialmente, o Seminário Coração Eucarístico de Jesus, atualmente a PUC Minas. Uma parte desse terreno foi comprada pelo próprio Dom Cabral, com recursos herdados do pai.
O primeiro arcebispo também foi responsável pela edificação do Palácio Cristo Rei. Foi também Dom Cabral quem idealizou a construção da Catedral Cristo Rei, que originalmente ficaria na avenida Afonso Pena. Faleceu em 15 de novembro de 1967, aos 80 anos de idade.