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Newsletter da Pró-reitoria Adjunta de Contagem

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Maio e Junho de 2017 - nº 17

Campus Contagem se prepara para receber o Curso de Medicina

Lívia Arcanjo
Os laboratórios do Curso de Medicina serão instalados no prédio 2, que já passa por reformas
Os laboratórios do Curso de Medicina serão instalados no
prédio 2, que já passa por reformas

Em breve, a PUC Minas ampliará a oferta de Medicina. O Curso, que já é lecionado no Campus Betim desde 2012, também será implantado nos campi Contagem e Poços de Caldas, que obtiveram autorização do Ministério da Educação (MEC), publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 26 de setembro de 2016. A expectativa de abertura dessas novas opções é a partir do 2º semestre de 2017, com oferta de 50 vagas anuais em cada Campus.

Para se preparar para a oferta do curso em Contagem, foram criados dois Grupos de Trabalho (GTs). Um interno, composto por membros do Núcleo Docente Estruturante do curso - definido pelo reitor, professor Joaquim Giovani Mol Guimarães, em ato de designação publicado em 24 de maio. Este grupo é composto pelos seguintes professores: Gilmar Reis, Roberto Veloso Gontijo, Silvana Márcia Bruschi Kelles, Leonor Tapias da Mata Machado e Leonardo Cançado Monteiro Savassi. Também fazem parte do GT o pró-reitor adjunto, Robson dos Santos Marques; o diretor acadêmico, Odil de Lara Pinto; o diretor do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Raul de Barros Neto; a assessora para questões de estágio, Ninon de Miranda Fortes; e a assessora pedagógica, Simone Reissinger. Eles se reúnem quinzenalmente a fim de definir as diretrizes do curso, que envolvem acervo da Biblioteca, estruturação do espaço físico para as suas atividades, composição do corpo docente e projeto pedagógico. Todos esses critérios serão avaliados em visita da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação superior (Seres) e da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas (Caem), órgãos pertencentes ao MEC, em data ainda a ser definida pelo Ministério.

O segundo grupo de trabalho, formado pelo GT interno da Universidade juntamente com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, vem se reunindo desde fevereiro, com o objetivo de definir a relação do curso com a estrutura de saúde do município, além de apresentar à Universidade o diagnóstico de saúde da cidade, como principais causas de atendimento na rede, dados sobre as principais doenças que acometem seus habitantes, etc. “Cerca de metade do curso é extra-muro da Universidade. Acontece nas Unidades Básicas de Saúde, nas Unidades de Pronto Atendimento do município. Daí, a importância desses grupos de trabalho”, explica o professor Robson dos Santos Marques, que revela que, de acordo com o projeto pedagógico do curso, os alunos terão oportunidade de vivenciar a profissão na prática desde os períodos iniciais, medida importante na premissa de oferecer uma formação mais humanizada.

“A ideia da formação humanística é a base da PUC Minas. Não apenas com médicos, mas em qualquer profissão, temos que ter essa perspectiva. O que nos diferenciou em uma disputa tão acirrada foi exatamente a essência da Universidade que tem como missão oferecer conhecimento buscando o desenvolvimento social”, explica o pró-reitor, lembrando a origem do edital, o programa Mais Médicos, esforço do governo federal para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O professor ainda destaca que, apesar das especificidades do edital, a matriz do curso ofertado nos três campi da Universidade – Betim, Contagem e Poços de Caldas – é a mesma, o que varia é a regionalização de acordo com as necessidades de cada município onde estão instalados.

Além dos GTs preparatórios, o Campus Contagem passa por diversas reformas estruturais com o intuito de atender os pré-requisitos relacionados ao espaço físico estabelecidos pelo MEC, como a reforma do prédio 2, que abrigará os laboratórios do curso.

Processo de implantação dos cursos

A autorização para o funcionamento dos novos cursos de Medicina na PUC Minas foi concedida em um processo inédito realizado pelo MEC em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do programa Mais Médicos, que traça como meta alcançar uma relação de 2,7 médicos por mil habitantes – similar à dos países mais desenvolvidos. Para isso, é necessário chegar a 2026 com 600 mil profissionais em atividade.

A escolha dos projetos foi feita por meio de editais de chamamento público de ampla concorrência, que contemplava municípios que não ofereciam formação médica e Instituições de Ensino Superior (IES) instaladas nessas cidades. Na seleção dos municípios, além da inexistência de curso no local, foram exigidos requisitos baseados na proporção de vagas e médicos por habitante e tamanho da população atendida, entre outros critérios.

Já a análise das propostas das instituições de ensino superior levou em consideração o projeto pedagógico do curso, a infraestrutura da unidade que vai abrigá-lo, o vínculo com o município para utilização de unidades hospitalares, a capacidade econômico-financeira da mantenedora e sua regularidade jurídica e fiscal.  Foram 215 instituições inscritas em todo o país - nove somente no município de Contagem - e, dessas, 37 foram selecionadas. No ranking classificatório, os campi Contagem e Poços de Caldas obtiveram o segundo e o terceiro lugares, respectivamente, entre todas as concorrentes.

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