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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | março/abril de 2017 - nº 27

Encontro de Gestores: apresentação dos resultados da Avaliação Docente

Artur Lahoz/LabFoto
Os professores Dom Mol (centro), Sérgio Martins e Maria Carolina Tomás
Os professores Dom Mol (centro), Sérgio Martins e Maria
Carolina Tomás

O reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, apresentou, na tarde de 16 de fevereiro, no Teatro João Paulo II (prédio 30), Campus Coração Eucarístico, os resultados da Avaliação Docente da Universidade no 1º semestre de 2016, conduzida pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Universidade. O Encontro de Gestores, que teve a participação dos professores chefes de departamentos, membros de câmaras departamentais e membros de colegiados de cursos, versou sobre a Avaliação Docente como Estratégia de Desenvolvimento da PUC Minas.


Compuseram também a mesa os professores Sérgio Silveira Martins, pró-reitor de Recursos Humanos, e Maria Carolina Tomás, presidente da CPA. O evento contou ainda com a presença da vice-reitora, professora Patrícia Bernardes; do chefe de Gabinete do Reitor, professor Paulo Roberto de Sousa; pró-reitores, pró-reitores adjuntos, diretores de Institutos e Faculdades e secretários.


Ao mencionar que a Universidade está prestes a completar 60 anos (em 12 de dezembro de 2018), o reitor disse que este é um momento histórico no qual pela primeira vez a PUC Minas faz de fato a Avaliação Docente, com conceito e metodologia determinados, avaliação que ajudará em muito a Universidade a atingir suas metas. "A Avaliação Docente, assim como outras, é necessária para toda e qualquer instituição que preza seu papel na sociedade e no mundo", pontuou. "Chegamos a um momento interessante: temos os resultados da avaliação e caminhos a percorrer", disse referindo-se ao processo de avaliação que será permanente na Universidade, crescendo em abordagens, metodologias, na participação de alunos e professores. Dom Mol ressaltou que a Avaliação Docente, em diálogo permanente de toda a comunidade acadêmica com a CPA, "não é para punir, mas também ninguém ficará ileso", sendo que os professores com nota abaixo de 3 serão envolvidos no Programa de Aprimoramento, organizado pela Pró-reitoria de Recursos Humanos e a ser ministrado pelo Instituto de Ciências Humanas (ICH), a fim de abordar a prática pedagógica associada à prática docente. "Temos muito o pé no freio, reconhecemos muito a necessidade de aperfeiçoamento, mas também acelerados para criar uma cultura de avaliação. Esse processo não tem retrocesso, fará um bem enorme aos professores e aos alunos, melhorará a tarefa da Universidade também junto à sociedade", frisou.


Para tratar sobre a Avaliação Docente, o reitor lembrou três temas estratégicos da PUC Minas que são integrantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade: qualidade, inovação e sustentabilidade. Ressaltou que na Universidade é necessário cada vez mais que cada um assuma suas funções, especialmente chefes de departamentos, coordenadores de curso e membros de colegiados, que "não só têm uma participação bem definida, mas também, a partir de agora, responsabilidades na condução dos resultados da Avaliação Docente". Os chefes de departamentos, coordenadores de curso e membros de colegiados figuram, assim, como três elementos fundamentais no conjunto do trabalho da Universidade, assim como toda a Administração Superior e cada professor.


Dom Mol informou que na Avaliação Docente foram melhor avaliados quase 200 docentes da Universidade que obtiveram notas superiores a 4,75, numa escala que vai de um a cinco. Eles receberão nos próximos dias, por meio da Diretoria de cada Instituto, Certificado de Reconhecimento Acadêmico, por ele assinado. Para representar esses professores, o professor Marcelo Werneck Barbosa, do Departamento de Engenharia de Software e Sistemas de Informação, foi o escolhido para receber o certificado, das mãos de Dom Mol, durante o Encontro de Gestores.


Como uma das competências inerentes do colegiado de coordenação didática do curso, está a tarefa de fazer a avaliação do colega docente, que "precisa virar cultura, ser aprofundada", disse o reitor.


Avaliação Docente


O professor Sérgio Silveira Martins disse que, apesar da necessidade de sempre se avançar no processo de Avaliação Docente, o pior é não fazê-la.


Ele observou que a opção da Universidade para a gestão do quadro docente é por meio da Câmara Departamental, como consta no Estatuto da Carreira Docente. Explicou que a Avaliação Docente, mais os deveres inerentes a cada professor no exercício de suas funções, redundam na Avaliação de Desempenho, também prevista no Estatuto. "A Avaliação Docente é um aspecto que vai interferir na Avaliação de Desempenho dos professores", mas a autoavaliação pelos docentes e a avaliação pelos alunos não são, por si só, determinantes. A Câmara Departamental respectiva analisa o desempenho funcional e acadêmico do professor a cada três anos. A partir dessa Avaliação de Desempenho podem ser também efetivadas as avaliações de mérito necessárias para promoções horizontais e processos de seleção interna nos departamentos.


De acordo com ele, menos de 5% dos professores tiveram desempenho inferior a 3, na Avaliação Docente.


CPA
A professora Maria Carolina ressaltou o trabalho em equipe desenvolvido, para a Avaliação Docente, com a participação de toda a comunidade acadêmica, e de representantes da CPA, Gerência de Tecnologia da Informação (GTI), Secretaria de Comunicação, Pró-reitoria de Recursos Humanos e Pró-reitoria de Graduação. "Não é possível fazer uma avaliação sem professores e alunos que estão ali no cotidiano do curso", agradeceu.


Ela explicou que, para compor a nota final ao docente, a nota dos alunos tem peso de 65%, a da autoavaliação, 20%; e pelo colegiado do curso, de 15%. Aí chega-se a uma média por disciplina lecionada, uma média do Departamento ao qual o docente pertence; a uma média na Unidade na qual leciona; e a uma média da Universidade como um todo. De acordo com a professora Maria Carolina, a taxa de resposta dos alunos dos cursos de graduação presencial, na primeira avaliação, foi de 55%; já na seguinte, no 1º semestre de 2016, esse índice ficou em 42%. No ensino a distância, a taxa de resposta pelos alunos foi de 36%. Com relação à resposta pelos professores em geral, no 1º semestre de 2016 ficou em 77%, tendo se elevado para 86% no semestre seguinte. No público de 322 professores membros de colegiados, a taxa de resposta foi, respectivamente, de 87% e 93%, informou. No ensino a distância, responderam aos questionários 90% dos professores e todos os membros dos dois colegiados de curso.


A professora observou ainda que, mesmo com os primeiros resultados, o trabalho de avaliação necessita de ajustes que serão feitos ao longo do tempo, sendo que, à medida que se avança, são realizadas consultas públicas internas para avaliação pelos participantes. Aprovada em 2015, a avaliação censitária, diferente da de 2014 que era por amostra, disponibiliza questionários, até 40 dias antes do fechamento do diário, no Sistema de Gestão Acadêmica (SGA) a alunos de graduação e docentes, sendo que cada professor acessa o seu relatório com os resultados da avaliação docente, e os coordenadores têm acesso aos relatórios de todos os professores de seu curso, inclusive aqueles que são de outros departamentos. A professora explicou que, num primeiro momento, a avaliação, através dos questionários, abarcou as disciplinas presenciais na graduação, envolvendo todas as atividades do professor; num segundo momento, foram incluídas as disciplinas virtuais dos cursos de graduação virtual e as disciplinas virtuais dos cursos de graduação presenciais, cuja previsão para divulgação é abril próximo. Para o segundo semestre de 2017, está prevista a inclusão das atividades administrativas, com consulta pública em maio, e, para 2018, as atividades de pós-graduação.


A Avaliação Docente é um dos instrumentos que integram as ações da Universidade em sua busca permanente pela qualificação de sua atuação no ensino, pesquisa e extensão. Conduzida pela CPA, é feita semestralmente e é constituída pela autoavaliação do professor, que é também avaliado pelos alunos e colegiados a partir de questionários com 19 perguntas. O professor é analisado em quesitos como desempenho em sala de aula, clareza na exposição do conteúdo, relacionamento com alunos, entre outros.

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