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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | setembro/outubro de 2016 - nº 26

Debate reúne candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte

Marcos Figueiredo
O reitor foi um dos comentaristas do evento que aconteceu na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem
O reitor foi um dos comentaristas do evento que aconteceu
na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem

Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte participaram do primeiro debate das Eleições 2016, que foi organizado pelo Núcleo de Estudos Sociopolíticos/PUC Minas (Nesp), Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política e Coletivo de Fé e Política, instituições que integram a Arquidiocese de Belo Horizonte. O Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, no centro de Belo horizonte, estava repleto, com a presença de muitas pessoas que buscavam conhecer as propostas, os projetos e o perfil de cada um dos 11 candidatos que serão submetidos à votação em outubro.

O reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Gumarães, participou do encontro e explicou que, ao organizar o debate, a Arquidiocese de Belo Horizonte quis reunir as pessoas, não para uma “guerra de palavras”, mas para que possam dizer o que querem fazer e, assim, permitam que a população comece a fazer a elaboração de suas escolhas. Nesse sentido, o encontro respeitou uma dinâmica em que todos os 11 candidatos puderam, durante dez minutos, apresentar seus projetos.

Mediado por Frederico Santans Rick, coordenador de políticas sociais do Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte, o debate permitiu a cada candidato apresentar a própria trajetória de vida e as prioridades de uma eventual gestão à frente da Prefeitura. A ordem de falas foi definida durante sorteio, realizado diante de todos os participantes. Após a apresentação de cada candidato, três comentaristas fizeram as considerações finais: Dom Joaquim Mol, o professor Robson Sávio, que coordena o Nesp, e a educadora social Claudenice Rodrigues Lopes, que integra a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte. Os comentaristas avaliaram o encontro e partilharam expectativas em relação ao futuro da cidade.

Dirigindo-se aos participantes, o professor Robson Sávio disse que cada candidato deve construir seus planos de governo não fechados em gabinetes, mas com a presença da população. Nesse sentido, o coordenador do Nesp destacou a importância de se ouvir os segmentos que têm menos poder para que apresentem suas demandas e necessidades. “O Poder Público deve se preocupar em diminuir as diferenças e construir uma cidade mais justa e igualitária”. Essa necessidade também foi destacada por Claudenice Lopes. A educadora social indicou a urgência de mais investimentos em políticas sociais e de inclusão.

Ao concluir o encontro, Dom Mol lamentou que a proposta de reforma política defendida pela Igreja e por mais de cem instituições não tenha alcançado a aprovação do Congresso Nacional. Sublinhou que é necessário encontrar caminhos para ampliar a participação da mulher na política e manter permanente vigilância para evitar a volta do financiamento empresarial de campanhas, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sobre a participação da Igreja na política, conforme disse o reitor e bispo auxiliar, a Arquidiocese de Belo Horizonte, com suas 1,5 mil comunidades de fé, busca “reinventar, recriar o que está destruído na esperança das pessoas”. Dirigindo-se aos candidatos, o reitor sublinhou: “Não podemos deixar que o pobre fique à margem de projetos para a cidade. Por isso, precisamos reestruturar as forças da sociedade. Isso não se faz apenas conversando. É preciso ter determinação, visão clara e muita coragem, para, inclusive, enfrentar desafios e oposições de gente poderosa.” 

Texto produzido pela Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Belo Horizonte

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