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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | março/abril de 2016 - nº 25

Lançamento de livros do Instituto de Filosofia e Teologia e da Arquidiocese de Belo Horizonte

Marcos Figueiredo
Dom Marco Aurélio, o grão-chanceler Dom Walmor, o reitor Dom Mol e o padre Evandro Maria
Dom Marco Aurélio, o grão-chanceler Dom Walmor, o reitor
Dom Mol e o padre Evandro Maria

Com apresentação do hino do Ano da Misericórdia, pelos alunos do Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa (IFTDJ), houve o lançamento de publicações do Instituto e da Arquidiocese de Belo Horizonte, no dia 15 de março, no auditório 3 do prédio 43, campus Coração Eucarístico. Na ocasião, também foram comemorados os 93 anos do Seminário Arquidiocesano Coração Eucarístico de Jesus (Sacej) e o lançamento do Guia Pastoral Presbiteral, Diretrizes do Diaconato Permanente e do Guia Pedagógico do Sacej. O evento contou com a presença do grão-chanceler da PUC Minas e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, do reitor da Universidade e bispo auxiliar de Belo Horizonte, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, de Dom Marco Aurélio Gubiotti, bispo de Itabira e Coronel Fabriciano, e do diretor do Instituto, professor padre Evandro Campos Maria. A atividade teve a presença de membros de dioceses do país, professores e estudantes do Instituto, membros da Administração Superior da Universidade, bispos da Província Eclesiástica de Belo Horizonte e de padres e evangelizadores da Arquidiocese.

Ao lançar as Diretrizes do Diaconato Permanente e o Guia Pedagógico do Sacej, Dom Walmor disse que o evento confirma o que se buscava há alguns anos com a transferência física do IFTDJ para o coração da PUC Minas, ocupando o prédio 4, no campus Coração Eucarístico: "Foi um grande trabalho, com o sentido de que o Instituto não fosse um apêndice da Universidade, mas o coração dela, pelo que se ensina, se discute, pela produtividade". Dom Walmor ressaltou que o Instituto tem grandes desafios, no sentido de oferecer mais à Universidade, não algo para ser feito entre quatro paredes, mas pela busca do contato, ir ao encontro da comunidade acadêmica. "Trata-se de alto investimento, caro em todos os sentidos. Uma alegria de poder compartilhar o estudo de Filosofia e Teologia e sua formação". Dom Walmor disse ainda que é enorme e permanente o desafio de formar bem aquele que se coloca para ser servidor do povo de Deus. O seminarista precisa atualizar-se, estar à altura para ser servidor, o que exige muita humildade e alinhamento, disse o grão-chanceler.

Dom Walmor também se referiu aos 93 anos do Sacej e anunciou o desejo de inaugurar a nova sede, que terá o nome Concilium Emaús, até o início de 2017, nas proximidades do campus Coração Eucarístico. Sede do Sacej que se iniciou no próprio campus por Dom Antônio dos Santos Cabral, ex-arcebispo de Belo Horizonte, e que redundou em todo esse "complexo em estilo colonial" do Coração Eucarístico, relembrou Dom Walmor.

O grão-chanceler discorreu sobre o Ministério Diaconato Permanente, que se insere na preocupação com a formação presbiteral. O "Documento 8" reúne todo o esforço para se materializar esse ministério, "uma belíssima vocação da Arquidiocese para o Diaconato Permanente", explicou o diácono Dimas Ferreira Lopes, professor da Faculdade Mineira de Direito, ao lado do padre Áureo Nogueira, vigário de Ação Pastoral da Arquidiocese, e do padre Nivaldo Santos, reitor do Sacej. Dom Walmor ressaltou que o Diaconato não fosse "oportunidade de diáconos estarem a serviço de padres nas paróquias e em torno do altar", e sim "atuando missionariamente em frentes missionárias onde a Igreja não é suficiente, presente e adequada", disse o grão-chanceler. "É preciso trabalho para que o Diaconato seja essa força missionária, especialmente sobre os mais pobres".

O reitor do Sacej explicou que a atual edição do Guia Pedagógico é mais complexa, tendo a última edição vigorado até meados do ano passado. O guia exige "um esforço dos seminaristas no estudo e imersão nesta tarefa imperdível no conhecimento do caminho que se faz, daqueles que percorrem esse caminho e os que depois virão", disse o padre Nivaldo Santos.

Dom Mol apresentou o novo volume da coleção Arquidiocese em Movimento, classificada por ele como uma "publicação qualificada" que mostra as ações eclesiais, políticas, socioeducativas, religiosas. "O nascimento desta coleção se deve ao reconhecimento da importância dessas ações para o diálogo e o reconhecimento do Cristianismo no mundo", disse o reitor. Em 2012 foi lançada essa publicação como prestação de contas a toda a sociedade e a toda a Igreja sobre as ações da Arquidiocese de BH, relembrou o reitor. Em 2013, foi lançado um volume maior, mais denso, celebrando a primeira década do terceiro milênio e a primeira década de Dom Walmor como arcebispo. E mais duas edições, mostrando as ações desenvolvidas nos anos 2014 e 2015.

O professor padre Evandro Campos Maria disse que o evento mostra a importância dos livros que têm a participação de professores de Teologia, Filosofia e Ciências da Religião e da Arquidiocese de Belo Horizonte e a contribuição do Instituto para os caminhos da Igreja e da sociedade. "O potencial científico, espiritual e pastoral do Instituto é muito grande e poderá ser ainda mais desenvolvido", disse Evandro Maria, contribuindo para sua missão evangelizadora. Ele lembrou que o Sacej remonta ao início da Arquidiocese de Belo Horizonte, que em fevereiro completou 95 anos.

O professor frei Luiz Antônio Pinheiro, chefe do Departamento de Teologia e coordenador do colegiado do curso, falou sobre o lançamento do terceiro volume da coleção História da Arquidiocese de Belo Horizonte, intitulado A Arquidiocese de Belo Horizonte e o Laicato, volume que terá um segundo tomo a ser lançado. Ele explicou que Dom Walmor quis, com essa coleção, preservar a memória da Arquidiocese, por ocasião dos cem anos da Arquidiocese, que se completarão em 2021. Serão, até lá, no mínimo dez volumes, que obedecem a uma sequência diacrônica e temática, situação histórica e teológica dos temas que se quer desenvolver, explicou frei Luiz.

O coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp), do Anima PUC Minas, professor Robson Sávio Reis Souza, do Departamento de Ciências da Religião, apresentou as várias publicações e pesquisas coordenadas pelo Nesp nesses dez anos de existência, completados em novembro último, como o volume Igreja e Sociedade – Análises em Perspectivas. Ele disse que as publicações cumprem uma perspectiva de formação permanente ao oferecer obras qualificadas para quem quer compreender sobre as respectivas temáticas trabalhadas.

O professor Josimar da Silva Azevedo, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Pastoral da Cultura (Nepac), órgão do Anima PUC Minas, apresentou o Santuário Digital – Portal do Ambiente e da Memória –, que pode ser acessado pela internet no santuariodigital.com.br. O santuário reúne banco de dados, aplicativos, fotos, vídeos, mapas sobre bens ambientais e culturais da Arquidiocese de Belo Horizonte e irá reunir esses bens de dioceses de todo o país, com recursos de capacitação a distância de agentes culturais a partir de cursos ministrados pela PUC Minas Virtual. "O santuário integra, organiza e disponibiliza, pelo portal e pelos aplicativos, onde estão esses bens, como usufruir deles e compartilhar com outras pessoas nas redes", explicou o professor Josimar.

O professor Sandro Laudares, do Programa de Pós-graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial ressaltou que o Santuário Digital pode servir para frear a perda, por furto, de peças do patrimônio histórico-cultural da Igreja Católica, já que reúne informações sobre esses bens por meio de projetos já desenvolvidos pelo Departamento de Geografia, como o Atlas Digital e o Caminho Religioso da Estrada Real (Crer). Ele apresentou ainda o aplicativo Próximo da Piedade, que integra o santuário e que disponibiliza informações sobre as paróquias da região metropolitana e disponibiliza aos usuários a distância e a referida rota para se chegar ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, localizado em Caeté, na região metropolitana.

O professor Guaracy Bolívar de Araújo Mendes, do Departamento de Filosofia, apresentou o livro Filosofia como Esclarecimento, de autoria dele e de outros dois docentes da cidade de Ouro Preto, obra que pertence à coleção Prática Docente. O professor chamou a atenção para os termos "esclarecimento" e "fascismo", mencionando o perigo que a democracia brasileira passa com o atual momento político.

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