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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Dezembro de 2015 - nº 13

Plano de aula em debate

Lívia Arcanjo
Professores discutem práticas pedagógicas durante oficina
Professores discutem práticas pedagógicas durante oficina

Para discutir, com mais profundidade, questões que envolvem a perspectiva acadêmica, a Diretoria Acadêmica do campus realiza, desde 2011, a Reunião dos Colegiados dos Cursos. O fórum funciona como um espaço para a partilha de experiências entre os colegiados, no qual são discutidas diversas questões que fazem parte do universo docente, como projetos pedagógicos, projetos de desenvolvimento institucional, novos instrumentos de avaliação, entre outras vivências acadêmicas.

Na 20ª reunião, que aconteceu no dia 26 de outubro, os professores membros de colegiados e com horas de dedicação participaram de uma oficina com o tema Pedagogia e Planos de Ensino. A atividade foi conduzida pela professora Mariana Veríssimo, do Departamento de Educação da Universidade e membro do Núcleo de Apoio Pedagógico (Naped). Os professores presentes foram divididos em grupos e cada um trabalhou questões como: o que é e para que serve o plano de aula; qual a importância de planejar; o que deve ser levado em conta na elaboração de um plano; se existe um modelo para a construção do plano de aula; e sobre a participação dos alunos no planejamento. Após as apresentações, os professores puderam expor e discutir casos específicos, como sistema de provas e avaliações, Enade, interdisciplinaridade, e como motivar e estimular os alunos, entre outros temas.

Segundo Mariana Veríssimo, o plano de ensino não pode ser um formato rígido, ele deve ser feito de acordo com o comportamento e perfil de cada turma. Para isso, é fundamental estabelecer uma relação de parceria entre professores e alunos a fim de se obter melhores resultados no processo de construção do conhecimento. “A aula é o momento do tête-à-tête. É o momento do diálogo entre professor e aluno”, disse.

Para ela, é inevitável não se pensar planejamento sem considerar a avaliação diagnóstica, pois é por ela que o professor terá condições de propor um plano de aula mais adequado aos perfis de suas turmas. “A avaliação diagnóstica vai possibilitar ao professor fazer um planejamento mais conformado com o real. Os alunos serão mais contemplados se o professor consegue fazer uma avaliação diagnóstica, saber quem são os alunos que ele tem diante de si, que características esses alunos apresentam e que contribuições ele precisa trazer para que os alunos avancem na construção dos seus conhecimentos”, explicou.

Essa opinião é compartilhada pelo professor Odil de Lara Pinto. Segundo ele, o atual contexto econômico e social dos alunos da Instituição exige que os professores reflitam constantemente sobre suas práticas pedagógicas. “Essa reflexão implica que, ao encontrar esses alunos em uma realidade diferente e em uma sociedade em processo de transformação, nós, professores, também não podemos nos acomodar a determinados métodos e técnicas do passado. Temos que criar e inovar constantemente e nos prepararmos para trabalhar com esses jovens. É um constante aprimorar-se. É zelar pela qualidade do curso”, argumentou o diretor acadêmico.

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