Cultura de paz: Retomada do debate para implantação de unidade da Apac em Betim

Foto: Assessoria de Comunicação

Coral formado por recuperandos da Apac de Nova Lima mostra
que é possível recomeçar

Também no mês de maio, foi realizado, no campus, um encontro que reuniu representantes de empresas, órgãos públicos, organizações da sociedade civil, além de professores, funcionários e estudantes da PUC Minas em Betim, com o objetivo de debater sobre a importância de implantação de uma unidade da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), no município de Betim. 

A Apac, metodologia que propõe a recuperação do indíviduo de maneira humanizada, prevê que a sociedade participe do processo de retomada da vida do recuperando. O encontro foi marcado pela assinatura de um Manifesto pela Paz, com a presença de autoridades municipais, empresários, além de representantes da PUC Minas – instituições que se preocupam e veem a necessidade de mudar o sistema carcerário e implantar uma unidade da Apac em Betim. 

Há mais de cinco anos, o município já se mobiliza para a implantação de uma unidade da Apac na cidade. No último mês de maio, a Secretaria de Segurança Pública de Betim lançou o plano municipal de segurança pública, que, dentre as ações, prevê a construção de uma unidade do sistema no município. Para a presidente da Apac em Betim, professora Marilene Gomes Durães, o momento é propício para o debate. “Enquanto parte da sociedade está propondo a redução da maioridade penal, é extremamente importante ver que nós buscamos outro ideal, em que o indivíduo seja respeitado para que sua recuperação seja efetiva”, pontua a professora. 

O destaque do evento ficou por conta do Coral da Apac de Nova Lima, formado por recuperandos da instituição, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Sobre a Apac

A Apac é uma entidade de direito privado, idealizada e criada pelo advogado Mário Ottoboni que visa propiciar ao condenado uma nova metodologia no que diz respeito ao cumprimento da pena privativa de liberdade. A humanização que fundamenta o método conclama a sociedade civil a participar do processo de socialização do indivíduo que praticou o delito. Inúmeras são as contribuições da Apac para a sociedade. A maior delas é a recuperação do indivíduo, uma vez que a reincidência do egresso da Apac é de aproximadamente 15%, enquanto que no sistema convencional os índices chegam a 80%.

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