Vivemos, infelizmente, já, há uma década, em crise econômica. E fechamos, no Brasil, essa segunda década do século/milênio com tantas outras crises quantas são as dimensões de nossa vida social, em especial os turbulentos caminhos da política brasileira que, diretamente, impactaram o desenvolvimento do país, a estabilidade de suas instituições e mesmo sua percepção internacional. No campo da educação, mais recentemente, os efeitos são danosos e preocupantes. Desqualificação de todo o processo educativo, cortes abruptos de investimentos e descontinuação de importantes projetos de pesquisa. No caso das universidades comunitárias, os desafios também se acentuam e cada vez mais somos impelidos a buscar caminhos novos para que se garanta a histórica qualidade na educação que oferecemos. Na PUC Minas, nosso trabalho tem sido, com prudência, mas com assertividade, o de buscarmos novos parâmetros para a oferta de nossos cursos de graduação, para que, exatamente, alguns deles não sejam descontinuados, o que significaria perdas para áreas de conhecimento, com impactos diretos para nossos quadros docente e técnico-administrativo. Nesse sentido, a revisão das matrizes curriculares dos cursos e a ampliação para 20 semanas de aula devem ser recebidas como medidas não de exclusiva ação redutora, mas como necessários ajustes no modo de oferta das graduações presenciais e uma efetiva adequação aos padrões que têm prevalecido hoje tanto em universidades públicas quanto privadas. Temos certeza que os resultados de tais medidas serão logo sentidos em nossa Universidade que, também com serenidade, mas com empolgação, já se prepara para, em breve, ampliar de modo efetivo sua presença na graduação a distância, com a oferta de cursos em todas as áreas de conhecimento existentes na PUC Minas. É cuidando bem do presente e intuindo o futuro que buscamos dar as necessárias respostas ao imperativo de avançarmos. Jesus, centro de espiritualidade
Nos últimos anos, a atual Reitoria da PUC Minas colocou para si o objetivo de construir um CES – Centro de Espiritualidade em cada campus e unidade. Edificações que, além de se tornarem verdadeiras casas de oração e de acolhida pela Pastoral Universitária, devem ser espaço de encontro, de animação da fé católica e da vida comunitária. E além de um espaço de fé, quer ser também espaço do diálogo e da razão, como bem cabe a uma instituição de ensino superior católica. |
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Com a entrega agora das unidades do CES no Campus Coração Eucarístico e na Praça da Liberdade, nossa pequena, mas tão intensa rede de centros de espiritualidade se torna ainda mais viva e efetiva. O CES já é e será cada vez mais o ponto de ligação entre a vida acadêmica e todas as dimensões de natureza espiritual que animam a PUC Minas: alunos, professores, funcionários e todos aqueles que cotidianamente visitam a Universidade. Jesus é a figura teológica referencial a iluminar os CES: Jesus Redentor (Barreiro), Misericordioso (Betim), Filho do Carpinteiro (Contagem), Jesus Pão da Vida (Coração Eucarístico), Peregrino (Poços de Caldas), Libertador (Praça da Liberdade) e Jesus Mestre (São Gabriel). A inspiração em Jesus quer se nutrir de sua sabedoria, sua humildade, sua fé inabalável, sua resignação a dispor-se ao projeto de Deus, mas sua certeza de que vale a pena lutar até o fim, pois a Vida sempre vencerá a Morte e o Amor inequivocamente prevalecerá sobre o ódio. É na misericórdia de Jesus, em sua sabedoria, seu amor pelos mais fracos, sua compreensão de que a Missão aqui na Terra é a Redenção do homem, que desejamos que o CES anime cada um de nós a buscar, ao seu modo, na sua potência e na sua fragilidade, na beleza da solidariedade e da fraternidade, a construção de uma vida acadêmica de união, de respeito mútuo e de luz. Professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães Reitor da PUC Minas Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte
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