Dimitri Oliveira, 32 anos, gerente de expansão e inteligência de mercado da empresa de depilação Depyl Action Franchising e integrante da Associação Mineira de Franchising, começou estudando Direito na PUC Minas, mas sempre manteve interesse pela área comercial. Morou na China, em Pequim, por dois anos, e lá que teve o primeiro contato com o desenvolvimento de negócios e franquias, o fazendo ingressar no ramo do franchising. Formado também em Negócios Internacionais pela Fumec, pós-graduado em Gestão Financeira na USP e especializado em projetos e inteligência de mercado, Dimitri conta, nesta entrevista, como foi a sua experiência na carreira voltada para o franchising. Ele foi um dos palestrantes da Semana do Administrador, que aconteceu entre os dias 9 e 11 de setembro, na PUC Minas no Barreiro.  

Franchising é um modelo desafiador, pois você consegue replicar uma ideia de sucesso com muita facilidade, então foi isso o que mais me chamou atenção. A padronização, a capacidade de expansão e a capacidade de você colocar um negócio no Brasil, na África do Sul e em Tóquio da mesma forma. Se você come em um McDonalds na China, ele é o mesmo do daqui do Brasil, então eu acho interessante essa padronização que existe no franchising e da possibilidade de expansão. 

A Depyl Action tem uma estrutura familiar que é bem interessante, parece mais uma família e não uma empresa, apesar de ter uma gestão profissional. Há uma perspectiva de expansão internacional, pois é a parte que gosto do franchising, então foi isso que me fez ir trabalhar na Depyl Action. Hoje temos uma meta, que é até 2023 sermos a maior marca de depilação no mundo. É um desafio muito grande e foi isso que mais me motivou. 

O divisor de águas da minha carreira foi morar na China, um país oriental totalmente disciplinado e muito diferente no Brasil, da nossa cultura. Cheguei lá novo e sem muita experiência, foi um fator bastante interessante. Eu já falava mandarim, mas isso não me impediu de passar por situações no mínimo estranhas, pois algumas palavras diferentes podem ter a mesma entonação.

Acredita-se que abrir uma franquia é um risco muito grande, mas não é. Existem perigos inerentes em abrir uma franquia como em qualquer outro negócio. As ameaças são minimizadas porque você já testou o negócio, você tem toda uma estrutura. Os riscos que tem são como qualquer outro, como a má escolha do ponto, errar no perfil do franqueado, de ele não ter a dedicação necessária, problemas na rua, como uma obra que inviabiliza a passagem até a loja. Mas sempre há o risco de falir. 

Cada marca vai ter um perfil. Por exemplo, para o perfil da Depyl Action tem que ser mulher, acima de 25 anos, com experiência gerencial e com dedicação exclusiva para a marca, além de gostar de lidar com pessoas, beleza e saúde. Também exige que a pessoa tenha experiência da Depyl, por esse motivo oferecemos treinamentos para os nossos franqueados. 

É preciso conciliar educação com trabalho. Se você só trabalha e não estuda, ou só estuda e não trabalha, pode fazer com que você chegue a um momento da sua vida que você trava, não consegue evoluir. Você vai ser um administrador de livro, por não ter tido experiência nenhuma, ou se dedicar muito ao trabalho, ter muita experiência, mas ter pouca capacidade técnica de evolução. Então o principal conselho é estudo e trabalho. Com muita dedicação, você vai colher lá na frente.